terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Prazer ou Obsessão? Uma entrada triunfal no 2012!

Viva maltinha. Tudo encima por aí? Ok. Por aqui também está tudo no auge da existência e magnificência da forma humana. Hoje então, melhor que em qualquer outro dia. Mais uma vez peço desculpa a demora em voltar a postar neste blog, mas quem me acompanha no facebook, sabe que eu estou constantemente a apostar noutros trabalhos. Espero sinceramente que tudo esteja a correr na legalize desde a ultima publicação, que a vossa passagem de ano tenha sido a melhor dos últimos tempos e que os 24 dias que sucederam à festa de fim de ano estejam a correr como planeado, uma vez que os meus foram tão bons, mas mesmo tão bons, que vou descreve-los com a precisão que conseguir nas linhas a seguir. Apertem os cintos que o show começa aqui!

Episódio I
Champanhe ou uma velha?

Tudo (e repare que o tudo é muito relativo quando nos falta algo ou alguém ou principalmente quando carregamos uma carroça de morte) estava a correr bem no tão desejado dia da passagem de ano 2011/2012. O jantar na casa do…da… pah, não me lembro bem o nome da pessoa, só me lembro que a minha malta foi para casa de alguém, que por sua vez era amigo de alguém do nosso pessoal. Sim, é mesmo isso, o meu 31 foi passado naquele sítio lindo, esplendoroso, chiquíssimo, completamente bombástico e que qualquer pessoa gostaria de experimentar, mas de facto, não me lembro bem que sitio era. Paciência! Lembro-me de carregar uma jarda de morte e de me rir como nunca e isso sim foi a parte interessante, especialmente depois de ter ficado de serviço na passagem de ano anterior a esta. Um especial apreço à Arrecadação de Material de Guerra da Bateria de Bocas de Fogo da Escola Prática de Artilharia, que me proporcionou grandes momentos e me fez crescer não só enquanto homem, mas especialmente enquanto ser humano. E agora começam já vocês, feitos rabujentos, a interromper-me: - Oh Miguelinho, tu não me digas que passaste aquela passagem de ano sozinho? Calma, não é preciso chorarem. Na verdade passei com um gato que era a coisa mais estúpida que alguma vez vi e um número considerável de armamento de guerra. Ainda tentei persuadir o meu 1º Sargento, pessoa impecável, a livrar-me de tão pesado fardo com a desculpa de que me iria sentir sozinho, ao que ele me respondeu, com toda a sua simpatia: “Oliveira, se te sentires sozinho, amansa o pêlo ao gato”. Numa segunda tentativa de que me iria aborrecer e possivelmente entrar em depressão, ao que ele me respondeu com toda a sua serenidade: “Oliveira, se te sentires triste pede a uma das espingardas automáticas G3 que te conte uma anedota”. E assim ficamos. Fazer o quê? Vida de militar é assim. Adiante! Saímos do tal lugar, se não me engano, com a meia-noite a chegar em apenas cinco minutinhos e eu a segurar-me por todas as pontas para não deixar sair o meu mau feitio, que agrava depois de uns copos, quando algo me corre fora de contexto e mandar aquela gente toda cavar batatas por me terem chumbado até a ultima da hora no raio do jantar em vez de ir em de uma vez por todas p’ro meio do areal da Praia da Rocha gozar da maneira que eu bem merecia. (Sublinho que uma das piores coisas que me podem fazer na vida é mesmo impedir-me de dar uma passo com o pé direito quando batem as doze badaladas, enfardar as doze passas e pedir os respectivos desejos, rebentar uma garrafa de champanhe, ainda que este seja da candonga, e essas paneleirices todas. Sim, é isso mesmo que estão a pensar. Também visto umas cuecas azuis novas na passagem de ano. Estou-me a marimbar p’ra vocês porque a minha avó diz que da sorte). Enfim, há que nos adaptar a personalidade dos demais, uma vez que o mundo não gira em torno da nossa imagem. (Também se girasse em torno da minha imagem, não perdia nada…da mesma maneira que se girasse em torno da minha burrice, até ganhava bastante).
Bem, lá chegámos nós à praia antes da meia-noite, isto é, os que foram naquela viagem, uma vez que a condutora era a única sóbria do grupo e ainda tinha que fazer mais um caminho para ir buscar os restantes, e o Miguelinho correu que nem um esgalgado para a praia sem sequer se preocupar nos com o resto do pessoal. Coitados, são tão meus amigos que correram atrás de mim e acabaram por se estampar nas escadas a caminho da praia. Também o que querem que eu faça? Eu avisei que o primeiro minuto do ano p’ra mim é sagrado. Chegado lá a baixo olhei em redor. Este momento p’ra mim é sempre lindo de se ver. Quando me lembro daquela cambada de parvalhões, metade deles nem uma relógio se lembrara de levar, a olhar p’ra cima de boca aberta, com um fio de baba a cair, tamanha era a bebedeira, sem saber às quantas andam à espera que estoire o primeiro foguete e assim se aperceberem que acabou de entrar outro ano, é sempre o mais querido momento do ano. Terminado o primeiro reconhecimento do local, começo a escutar ao longe a contagem decrescente para a entrada do novo ano e comecei a agitar as mãos (tencionava estoirar a garrafa de champanhe) ao mesmo tempo que decorria a contagem. Quando finalmente chega o primeiro foguete, que por acaso também não devia estar nos dias dele, uma vez que saiu falido, e eu olhei as mãos para pressionar a rolha da garrafa e comemorar a minha entrada no ano, quando percebi que me tinha esquecido da porcaria do champanhe. Vejam lá bem o tamanho da bebedeira, que levei dois ou três minutos a agitar as mãos. Quem viu a minha figura de longe, deve ter pensado: “Que dó, não deve ter aguentado a erecção e veio-se masturbar p’ra praia”. Enfim, ninguém se deve lembrar da minha cara. Ora, completamente desconsolado da minha vida por não poder atirar o litro de bebida ao ar, olhei p’ra todos os lados, na esperança de que alguém se tivesse esquecido de uma triste garrafa entre a areia. Podia não estar cheia. Se lhe faltasse um bocadinho era tranquilo. Melhor, podia estar só a meio. Não, na verdade podia ter só uma gota que eu não me importava, nem que eu tivesse só que emborcar a triste garrafa e desperdiçar só a gota na areia, mas eu tinha que entornar o raio do líquido. Não tive muita sorte. E agora, acham o quê? Que eu cruzava os braços e esperava que o tempo passasse na minha passagem de ano? Claro que não. Completamente fora de questão. Este lindinho tinha que mandar alguma coisa ao ar e à falta de champanhe, agarrei em dois punhados de areia e desatei a atirá-la ao ar. Foi tão divertido que só parei quando me senti cansado. Olhei para o lado e estava um casal a olhar p’ra mim de boca aberta, tal não era o espectáculo que estava a dar que os tristes preferiram olhar p’ra mim e marimbaram-se no fogo de artifício. Obvio que não podia deixar passar em branco aquela ocasião. Corri na direcção dos morcegos, soltei um “boa noite” meio enrolado, dei um beijo na testa de uma velha, peguei-lhe ao colo e desatei a atirá-la ao ar. Eu disse que à falta de champanhe, qualquer pedaço de carne podre servia, ainda que fosse uma velha com os mamilos até as virilhas. Maldição a minha, que o marido não curtiu muito o assunto e aventou-me um sapato acima. “Calma fofinho, está a exagerar.” - Pensei.
Ora continuou o raio do fogo, que eu já não podia ver à frente, e como tal tinha que continuar a minha actuação de malabarismos. Despedi-me dos velhos já a correr que nem uma chalado em direcção à água (se não avia mais nada p’ra atirar ao ar, que remédio tinha eu se não atirar-me a mim ao oceano atlântico) quando passa um cãozinho daqueles ordinaríssimos que as viúvas transportam dentro de uma “pochette” e desata a ladrar-me. A serio, aquele tipo estava mesmo a ter um face to face com os meus calcanhares, não dava para aguentar aquilo e…eu precisava de alguma coisa p’ra atirar ao ar. Prazer ou Obsessão? Não interessa. Foi uma entrada triunfal no 2012. Pah, desculpem, mas o fogo ainda não tinha acabado… Agarrei no sarnoso e espetei com ele no Oceano. Ora estava eu contentíssimo, por estar a conseguir substituir o meu champanhe da melhor maneira, quando sou atingido nas costas por um objecto. Olho p’ra trás, já com o sobrolho meio franzido, pronto p’ra andar à pazada, quando percebo que o “caga tacos” do velho me tinha acertado com outro sapato (vá lá que era zarolho, se me tivesse acertado na cabeça dava cabo de mim) e vejo a velha, chorando desalmadamente a correr em direcção à água: “Assassino, afogaste a minha pípí” – Gritava ela.
Bem, achei melhor mesmo sair dali, não fosse eu levar uma sova de um casal de velhos. Também o fogo já tinha acabado. E agora dizem vocês: - “UUUFFFFAAA, tanta coisa que te aconteceu amorzinho…” É verdade queridos amigos, e se eu vos disser que o fogo de Portimão teve a simbólica duração de dois minutos e picos e isto se passou entre o inicio e o fim do mesmo, torna-se ainda mais difícil de acreditar. Problema vosso, quem se divertiu fui eu! - Foi aí que percebi que estava sozinho. “mas onde se meteram estes caras de alho francês” – Disse p’ra mim mesmo.
Tentei encontrar o caminho para as escadas de acesso à praia às quais entretanto tinha perdido o norte, quando avisto lá longe o meu pessoal a aproximar-se. Coitados, eram uns coxos, outras sem salto num dos sapatos e ainda havia um agarrado ao braço direito.
- O que vos aconteceu? - Perguntei eu.
- Caímos ali… – respondeu um deles.
- Porquê? – Questionei novamente, com a característica língua enrolada de um bêbado nato!
- PORQUE ESTÁVAMOS A TENTAR NÃO TE DEIXAR SOZINHO. – Gritaram todos em coro.
- Podemos ir beber umas? – Finalizei. Ao que eles respondera virando-me as costas em silêncio e dirigindo-se à zona dos bares…
“UPSSS…isto não está muito bem encarado” – pensei eu.
Bem, os ânimos lá voltaram ao normal e estabilizamos num dos bares situado no meio da rua acima da praia. A música estava agradável, o ambiente estava porreiro (também, eu não vi nada nítido e se houvesse algum aborto não notava com certeza) e as televisões transmitiam a 2 edição da versão portuguesa da casa dos segredos. Era o ideal. Podia acabar de enfrascar-me na boa, e ainda ficava a saber quem era o vencedor do programa. Podia, se não existisse uma adolescente de 16 anos com cerca de 80 kg e uma cara de bolacha Maria salpicada de sinais que dava dó, com as hormonas a saltar-lhe pelas orelha a roçar-se pelas minhas costas como se não houvesse amanha. Desconfio que devo ter ficado com o cú das calças três tons mais claro de tanto que a miúda se roçou. Bem, lá me saltaram as estribeiras, perdi a paciência e lancei um olhar de esguelha à gaiata. Felizmente a desgraçada percebeu, juntou as mãos à frente da cintura e baixou ligeiramente a cabeça.
- Não queres dançar comigo? – Perguntou com os olhos lacrimosos.
- NÃO! – Respondi eu, com a piedade e compreensão que me caracterizam.
- Mas porquê?
- Eh pah, porque estou a ver a Casa dos Segredos. Fazer o favor de não me amolar a paciência?
- Mas tu lá em casa disseste que não gostavas da casa…
- E não gosto, mas agora apetece-me ver boa? – Disse interrompendo-a.
Virei as costas e continuei a mirar o plasma, precisamente na altura em que a Teresa Guilherme anunciava o vencedor. Pah, minha gente, sinceramente até uma semana depois desta data, não consegui perceber porque raio um homem entra num programa de televisão a dizer que é vitima de violência doméstica às mãos de uma mulher, em vez de se defender e lhe espetar três azevias em troca, e ainda sai vencedor do raio da competição. Mas felizmente houve uma monstra que me esclareceu as dúvidas. Mas já lá chegamos. Depois do barzinho simpático, saímos p’ra procurar um restaurante, porque as lontras que me acompanhavam precisavam de “picar algo”.
Algo, como quem diz. Aqueles alarves espaldeiraram dois hamburguers do BurguerKing cada um e ainda disseram que estavam com fome depois de soltarem três arrotos que me cheirou a linguiça digerida a três metros de distância e nem tiveram a decência de me perguntar se era servido. Pudera, depois de rebolarem umas escadas por causa minha e ficarem todos tortos e marrecos queriam o quê? Milagres?
Também, queria lá eu saber, com a camada de cerveja que carregava no estômago, a única coisa que eu era capaz de comer era alguém parecido à Barbie noiva e mesmo assim, não sei se o apetite chegava para tal.
Quando a vara de suínos acabou de comer, decidimos ir bombar um bocadinho mais a uma discoteca.

Episódio II
A discoteca ou a floresta da Amzónia?

Se querem que vos diga não me sei se entrei numa discoteca ou numa favela do rio de Janeiro, mas sei que estive em qualquer sítio.
Quando entramos, informei a malta que ia ao WC. Tinha uma vontade de urinar que até os testículos gritavam por socorro.
E assim foi. Entro na casa de banho e deparo-me com uma parede do lado esquerdo corrida de urinóis e duas sanitas ao fundo, separadas por uma parede. Como devem perceber eu não tenho por hábito fazer “pim-pam-pum” p’ra escolher um sítio para descarregar a bexiga, fui para o que me saltou primeiro à vista e que me dava um pouco mais de privacidade, uma vez que sei que se me atrevo a mijar bêbado, torna-se muito difícil acertar no buraco da sanita, de tantos cambaleios que dou. É uma barraca descomunal.
Saquei do cogumelo p’ra fora e desatei a obrar. Até me saio um “AAAAHHHH” de satisfação, (Deixem-me que vos diga que há mijadelas que são melhores que noites a dois) quando me entra um marmelo qualquer na casa de banho e, simpático como nunca vi ninguém, me aborda:
- Escuta lá, porque é que estás a mijar na sanita?
O Miguelzinho olha p’ra trás, e na sua inocência, volta a encarar a gaita que acabava de elaborar o serviço. Aquilo não podia ser comigo.
- Escuta lá, porque é que está a mijar na sanita? – Repetiu o sujeito.
- Oh amigo, você está a brincar comigo não está? – Perguntei eu já a sacudir a ferramenta.
- Tu estás a ver me a rir oh parvalhão?
- Diga? – Perguntei eu com tom de escárnio, já a guardar o cogumelo.
- Não é “diga”. Na minha terra as sanitas servem p’ra cagar ou p’ra vomitar. – Afirmou o personagem imitando uma águia com os peitos.
- Pois olhe, na minha servem até p’ra “dar uma” se o meu “Zézinho” se sentir desesperadamente aflito. – Respondi eu, mostrando-lhe que também sabia imitar uma águia com os peitos.
Ora cheio de coragem já eu estava p’ra partir o fucinho daquele marmelo e se necessário o lavatório, os urinóis, as sanitas e o que mais me aparecesse à frente porque a mim ninguém me toca, quando me aparecem mesmo seis anormais com pêlos até ao pescoço e uma cruz de ouro pendurada de um fio e a coragem me fugiu agarrada a um peido que me saio. “Morri” – Pensei eu já todo esborteado de cagufa.
Bem. Só vos digo que ainda espetei uma cotovelada a um que me deu um puxão na manga e me apareceu um preto com cerca de um metro e noventa no preciso momento em que ia levar a primeira azevia pelo focinho.
- O que é que se passa aqui? – Perguntou o Belchior.
- Passa-se que este tipo estava a mijar na sanita e aqui na minha terra as sanitas servem ou p’ra cagar ou p’ra vomitar. – Respondeu o herói.
- Ah sim? Então agora quem vai mijar na sanita sou eu. – Disse a trave na descontracção.
Bem amigos, só vos digo que se atirou tudo ao coitado do homem e este nem tempo teve p’ra meter a pila p’ra dentro.
“Desculpa companheiro, mas com a bezana que eu tenho não te sirvo de muita coisa. Tenho mesmo que ir ali ver se encontro o peidinho que me saio há pouco, que preciso de o levar a casa” – Pensei eu!
E raspei-me dali sem sequer saber como aquilo acabou.
Foi tenebroso não foi? Eu sabia que vocês ainda iam amar. Mas tenham calma que ainda vai sair daqui muita fruta.

Episódio III
A Monstra!

Menos de uma semana depois, já as aulas tinham arrancado, vai o Miguelzinho, fofo, querido, lindo, esbelto, maravilhoso, simpático, sexy, atraente, inteligente, quente, cheiroso e tudo e tudo e tudo sair com a malta p’ra matar saudades depois de duas semanas de distância, quando entro numa discoteca de Faro e peço de imediato uma cerveja. Isto depois de um jantar na casa de um amigo, onde o cozinheiro fui eu ao confeccionar os meus talentosos bifes com mostarda e onde rebentei com uma garrafa de “Nico”. Pois é, dos bifes não foi porque sei bem que nunca me prejudicaram, mas o raio da garrafa de vinho do Nico deu-me uma volta tal ás tripas que quando dei a primeira golada na cerveja, não me defequei porque consegui fazer força no dito cujo a tempo. Se não haviam de ver um regueiro sair-me pelas calças.
“Vou acabar esta e pisgo-me que isto não está muito bom cá no sítio. Deve ter sido do “Activia” que bebi ao pequeno-almoço.” – Pensei eu. No entanto, não me foi possível acabar, pois uma cacetada bem assente acertou-me com tamanha força no lado esquerdo da tromba que quase me desfaz o maxilar. “Mas quem foi o (PIIIIIII)” – pensei eu.
O que se revelou totalmente errado, pois o (PIIIIIII) tinha uma ratinha no meio das pernas. Aliás, a julgar pelo tamanho da “monstra” aquilo no meio das pernas devia ser mas é uma raposa.
- Oh minha (PIIIIIII), mas tu bateste-me porquê? - Perguntei eu cheio de coragem.
- O Quê? – Disse a gorda imitando uma águia com o peito.
- Bem, ultimamente tenho encontrado muitas águias. Ainda bem que também sou benfiquista…disse eu com um sorriso sarcástico.
- O que é que foi (PIIIIIIII)?- Disse a tipa.
Quando eu reparo que a monstra tinha pelo menos mais três palmos que eu e me sai outro peidinho. “Miguelzinho, aguenta-te que se deixares escapar outro agora, vai-te sair com molho” - Pensei.
“Escuta lá o minha grande (PIIIIIII) tu não fales comigo assim que eu parto-te já essa cremalheira toda am? – Ripostei eu, recordando que mesmo grande, quem tinha um mangalho ali era eu e insinuando baixa-lhe o punho nas trombas, quando o segurança, simpático como ninguém, pega em mim e me coloca tão delicadamente na rua que pensei que quando me largasse o braço tinha que o ir amputar.
Bem, cá está a questão do vencedor da casa dos segredos. Realmente o problema daquele rapaz não era propriamente falta de coragem. O problema daquele rapaz era já ter descoberto antes de mim que as mulheres mandam nisto, tenham lá elas razão ou não. O sexo forte deixou de ser forte, para dar a forças ao sexo fraco, o sexo fraco sem usar a força do sexo forte porque não a conseguiu guardar conseguiu derrubar o sexo forte se fazer qualquer tipo de força. E contra isto, batatas! Prazer ou Obsessão? Não interessa. Foi uma entrada triunfal no 2012.
E se pensam que a minha entrada no 2012 fica por aqui, é melhor tirarem o cavalinho da chuva porque ainda há muito texto p’ra desbravar.

Episódio IV
Migéuinhoooo, vams b’incar aos gandes?

Minutos depois de abandonar a discoteca, vai o Miguelzinho a caminho de casa, quando a miúda com quem tinha passado o ultimo mês e picos resolve tratar-me a baixo de cão à frente da malta. Pah eu sempre a achei estranha, nunca pensei é que lhe desse prazer enxovalhar um homem que nunca pensou em fazer-lhe isso a ela. “Bem, cada um com os seus fetishes sexuais” – Pensei eu. Sem problema. A roleta russa volta sempre ao mesmo número e há-de aparecer um tipo mais esperto que eu que lhe faça o mesmo a ela. Escusado será dizer que a relação (em que eu estava a querer levar a sério) desmaiou naquela noite, ao canto de uma rua.
Sim, já sei, agora perguntam vocês. “Oh Miguel Brito de Oliveira, outra?”
Eh pah, eu juro que esta não era só mais outra, mas não há pachorra. Não tenho vocação p’ra ser cãozinho, vocês sabem bem disso. Ou me tratam bem e eu dou de mim, ou dar de mim e receber coices não é produtivo. Se não reparem. A 1ª vez que tentei estar com a pessoa, ela foi-se, desculpando-se com o facto de haver gente a observar-nos. Claro que eu deixei passar porque é natural um medo inicial. A 2ª vez que tentei estar com a pessoa ela foi-se, desculpando-se à ultima hora que iria passar o fim-de-semana com os tios, o que tornaria o nosso encontro, anteriormente combinado impossível. Claro que eu deixei passar, porque imprevistos acontecem. A 3ª vez, numa conversa à mesa de um bar a lindinha olha p’ra mim e diz-me na cara que eu era uma segunda opção na vida dela. Ora digam lá que homem com tomates aguenta ouvir isto da mulher por quem se apaixonou? Mas é claro que eu deixei passar porque gostava dela. A 4ª combina beber café comigo na sua terra, motivo pelo qual eu decido, movido pelo sentimento, fazer 90 quilómetros, com o carro semi-reparado de uma avaria que pedi para apressarem, de ter entrado numa valeta no meio da viagem porque um qualquer veado resolveu fazer uma ultrapassagem mesmo encima do meu carro, brincadeira que me custou um farol. Mas não fazia mal, porque o pilinhas ia dar a prenda de natal à sua mais que tudo e ia matar saudades. E agora perguntam vocês: “E então, não valeu a pena passares os obstáculos oh estúpido?” Ah pois claro que sou um grande estúpido, mas penas têm as galinhas, pois o troco que recebi foi uma mensagem da senhora a dizer que um velho qualquer se tinha matado num poço e que ela ia dar apoio à família. Mas claro que eu deixei passar porque me havia prometido a mim mesmo que nunca ia magoar aquela pessoa, se bem que magoado estava eu a ficar. Enfim, se fosse hoje tinha mas é mandado o velho fazer uma sessão de sexo oral ao Bin Laden se o encontrasse por acaso no céu. E agora dizem vocês: “Pah podes-te deixar de colhoadas e vai directo ao assunto?”
Escutem amigos, o blog é meu. Calem-se e continuem a ler que garanto-vos que vão sair daqui mais cultos sem sequer darem por isso. Prosseguindo.
À 5ª a senhora resolve ir passar a passagem de ano não sei com quem (ela bem que me avisou que eu ia ser a sua 2 opção) em vez de vir comigo. Por coincidência, na mesma passagem de ano estava aquele amigalhaço, mas tão amigalhaço que até me dá vontade de chorar de tanta emoção, que disse na minha cara que lhe queria saltar p’ra cueca e que por sua vez dormia noites sem fim na casa dela. Pah calma, só coincidências. Claro que eu deixei passar, porque afinal eu não tinha o direito de a privar de estar com os amigos. Era mais correcto privar-se de estar comigo. A 6ª foi no dia 1 de Janeiro deste lindo e novo ano que tantas alegrias me tem dado, quando eu, simpático, a convido p’ra sair aproveitando assim p’ra matar saudades e comemorar o nosso 1º mês. (Logo eu que ligo tanto a estas paneleirices, reparem só como fui um fofo), ao que ela me responde que não dava porque tinha um trabalho de psicologia p’ra fazer. Claro que eu deixei passar, afinal a segunda opção era eu, e a escola estava em primeiro lugar. Até porque não havia mais dia nenhum p’ra fazer aquele trabalho e eu estava-me a sentir igualzinho àquele maricas que anda por aí a cantar qualquer coisa do género: “Eu tô apaixonado, Eu tô contando tudo, E não tô nem ligando pro que vão dizer, Amar não é pecado, E se eu tiver errado, Que se dane o mundo, Eu só quero você”. E agora dizem vocês: “Que triste Miguel, como é que te conseguiram abananar tanto?” Pois, eu sei! A 7ª foi nessa noite fatídica em que sou agredido por uma gorda, banhuda, gordurosa e celulosa, e aconteceu o que vos expliquei a cima. Prazer ou Obsessão? Não interessa, continuava a ser uma entrada triunfal no 2012. Acham que fui eu que proporcionei o fim da relação? Ah bom, então a próxima vez que me tentarem julgar, pensem que o fofinho também consegue ser boa pessoa. Não tenho culpa é de ter mais sucesso com as mulheres quando sou um sarnoso p’ra elas. Como é que se vai entender a psicologia feminina?
Sim, já estão vocês a interromper-me outra vez. – “Deves ter ficado magoadinho não foi Miguelinhozinho? Snifff, Snifff…”Pah eu vou responder só mais desta vez e em troca vocês calam-se e deixam-me manter um raciocínio lógico ok? Então vamos lá: Sim, fiquei triste, como há muito tempo não me sentia. Quando depositamos aquela fé na maturidade de uma pessoa e ela acaba por se revelar o oposto, dói um bocadinho. Principalmente quando se gosta tanto que fazemos tudo p’ra não magoar a pessoa e acabamos por sai nós magoados. Mas nada que não se resolva com duas ou três pinadelas. Eu sou como a função pública. Quando as funcionárias falham, abre-se novas vagas, faz-se concurso e contratam-se novas funcionarias que com os pré-requisitos necessários e que correspondam às exigências pretendidas. E já tenho uma estagiária em vista. E mais umas vez interrompem vocês: “Oh Miguel, não faças isso ainda, pode ter solução. Já fizeste tudo o que podias?” já queridinhos, fofinho, meus lindos cutxi-cutxis… Vou vos só contar a oitava, assim só p’ra nós, em jeito de confidencia pxxxiiiiiuuu: A 8ª foi quando eu ainda fiz força p’ra falar com ela e tentar resolver a coisa de outra maneira, ao que a senhora me responde que não podia ir ter comigo PORQUE ESTAVA A VER SERIES. PORRA, MAS ALGUÉM AGUENTAVA? Se há por aí um homem com tomates p’ra aguentar isto, pelo amor da santa dê-me umas aulas. E ainda há a 9ª, que é sempre aquele amiguinho característico, que lhes quer dar uma chumbadela e elas são tão estúpidas (ou fazem-se de tal) e nunca percebem porque o cabrão, é muito amigo nem que o conheçam só há duas semanas, quase colado a ela como se nada fosse, o mesmo que à posteriori, vim a saber estar também na maltinha da passagem de ano e que por sua vez lhe dizia numa qualquer publicação de uma qualquer rede social para aceitar uma vídeo chamada já a madrugada ia longe. E vocês, pensavam o quê nesta situação? Ah, já sei: “São só amigos, vão se ver na Web porque se calhar combinaram uma partidinha de poker on-line não é? Oh pelo amor do God, Fuck! Vocês do outro lado do ecrã iam pensar precisamente o que eu pensei. Não me lixem. À primeira é normal, a segunda chateia um bocadinho, mas quando queremos mesmo aguentamos, à terceira começa a fartar mas se for verdadeiro deixamos passar, ainda que o espaço de tempo seja entre uma e outra seja pouco, à quarta ficamos amarelos, à quinta passamos a laranja, à sexta mudamos p’ra vermelho, à sétima começamos nos tons de roxo, a oitava rebentamos e a nona é melhor enfiar o dedo no cu e cheirar porque de palhaço não tenho muito. E agora concluem vocês: Fogo Miguelinho, realmente, como é que aguentaste? Pah, sim, já sei, alguns de vocês já tiveram oportunidade de me dizer na cara que sou um grande banana. Também não é preciso enxovalhar. Acontece a todos. E sinceramente, eu sei que vocês ainda não sabem, mas tenho um elevado grau de parentesco com o Robert Pattinson na saga de vampiros que deixa as pitinhas loucas de tesão! Dá p’ra continuar? Há remédio? Havia claro se a pessoa crescesse, mas garanto-vos, conheço bem a peça. O orgulho característico de muitas mulheres vai levá-la a manter a pose ridícula até ao caixão. Já posso procurar uma estagiária sem que ninguém me critique ou me diga que “foi só mais uma” e que eu sou um tipo sem sentimentos? Ah, agradeço imenso que finalmente me compreendam.
Adiante.

Episódio V
Um pirete em troca de uma bela gargalhada!

Na sexta-feira a seguir ao fim dessa tal relação, aqui o puto maravilha rumava em direcção a sua terrinha natal para matar saudades da malta e distrair a mente, quando recebe um telefonema no caminho do pessoal de Évora, para passar-mos uma bela noite na S Club de Castro Verde. É impressionante como os meus amigos pressentem quanto preciso de farra da grossa. Bem ruma o pilinhas à cidade de Diana, onde encontrei o pessoal e rumamos juntos à bela terra, onde passamos uma noite dos Deuses. O problema é que eu tenho uma real capacidade de atrair problemas, e como aquela noite estava a acabar clama de mais. Coisa de estranhar para o arranque de um 2012 tão atribulado como fora o meu. Ora para o que se revelava uma noite normal, o fim da noite foi mais um espectáculo de arte circense. Estávamos nós a sair da discoteca, quando um qualquer borgesso resolve puxar conversa com uma das nossas amigas imediatamente antes de ela sair porta fora (informo que a senhora é de facto um monumento de mulher e qualquer homem se deixa levar pelos seus encantos, pois aquela situação acontece mais do que uma vez numa noite cada vez que tenho oportunidade de sair com ela).
Bem, mas sinceramente não sei que raio de engate queria aquele anormal fazer com a rapariga, que levei sem exagero 3 quartos de hora à espera que aquilo acabasse. Como devem saber a minha falta de paciência atinge-me neste tipo de situações e comecei a fazer-lhe sinais para se apressar. O problema daquela situação foi o segurança pensar que estava a falar com ele e fazer-me sinal com a cabeça, como que pergunta “O quê?”! Pois, é isso mesmo, não me entrou coisa boa. Lembrei-me imediatamente de uma história que certa noite o amigo João Infante me contou, e resolvi pôr em prática. Prazer ou Obsessão? Pah, não interessa mesmo. Era mais uma p’ra minha entrada triunfal no 2012. Continuei comunicar de cá de fora para a Vanessa que estava lá dentro por linguagem gestual e resolvi fazer-lhe um pirete. A queria, como ama as minhas brincadeiras, resolveu responder-me com outro e eu devolvi-lhe dois. Ela retribui-me os dois e fez-me um outro gesto feio com as partes, e como é claro eu retribuí. E moral da história? Dentro de cinco minutos tinha o segurança a pegar-me nos colarinhos porque pensava que era com ele. Típico. Era aquilo que eu estava a provocar, a questão era de que maneira eu ia resolver aquilo já com os calcanhares descolados do chão. “Já sabemos, deste o teu peidinho de medo não foi?” Não minha gente, desta vez caguei-me todo!
Querem saber os resto das aventuras “mirabulásticas” do pilinhas? Então não percam o próximo post. (BREVEMENTE)