terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Prazer ou Obsessão? Uma entrada triunfal no 2012!

Viva maltinha. Tudo encima por aí? Ok. Por aqui também está tudo no auge da existência e magnificência da forma humana. Hoje então, melhor que em qualquer outro dia. Mais uma vez peço desculpa a demora em voltar a postar neste blog, mas quem me acompanha no facebook, sabe que eu estou constantemente a apostar noutros trabalhos. Espero sinceramente que tudo esteja a correr na legalize desde a ultima publicação, que a vossa passagem de ano tenha sido a melhor dos últimos tempos e que os 24 dias que sucederam à festa de fim de ano estejam a correr como planeado, uma vez que os meus foram tão bons, mas mesmo tão bons, que vou descreve-los com a precisão que conseguir nas linhas a seguir. Apertem os cintos que o show começa aqui!

Episódio I
Champanhe ou uma velha?

Tudo (e repare que o tudo é muito relativo quando nos falta algo ou alguém ou principalmente quando carregamos uma carroça de morte) estava a correr bem no tão desejado dia da passagem de ano 2011/2012. O jantar na casa do…da… pah, não me lembro bem o nome da pessoa, só me lembro que a minha malta foi para casa de alguém, que por sua vez era amigo de alguém do nosso pessoal. Sim, é mesmo isso, o meu 31 foi passado naquele sítio lindo, esplendoroso, chiquíssimo, completamente bombástico e que qualquer pessoa gostaria de experimentar, mas de facto, não me lembro bem que sitio era. Paciência! Lembro-me de carregar uma jarda de morte e de me rir como nunca e isso sim foi a parte interessante, especialmente depois de ter ficado de serviço na passagem de ano anterior a esta. Um especial apreço à Arrecadação de Material de Guerra da Bateria de Bocas de Fogo da Escola Prática de Artilharia, que me proporcionou grandes momentos e me fez crescer não só enquanto homem, mas especialmente enquanto ser humano. E agora começam já vocês, feitos rabujentos, a interromper-me: - Oh Miguelinho, tu não me digas que passaste aquela passagem de ano sozinho? Calma, não é preciso chorarem. Na verdade passei com um gato que era a coisa mais estúpida que alguma vez vi e um número considerável de armamento de guerra. Ainda tentei persuadir o meu 1º Sargento, pessoa impecável, a livrar-me de tão pesado fardo com a desculpa de que me iria sentir sozinho, ao que ele me respondeu, com toda a sua simpatia: “Oliveira, se te sentires sozinho, amansa o pêlo ao gato”. Numa segunda tentativa de que me iria aborrecer e possivelmente entrar em depressão, ao que ele me respondeu com toda a sua serenidade: “Oliveira, se te sentires triste pede a uma das espingardas automáticas G3 que te conte uma anedota”. E assim ficamos. Fazer o quê? Vida de militar é assim. Adiante! Saímos do tal lugar, se não me engano, com a meia-noite a chegar em apenas cinco minutinhos e eu a segurar-me por todas as pontas para não deixar sair o meu mau feitio, que agrava depois de uns copos, quando algo me corre fora de contexto e mandar aquela gente toda cavar batatas por me terem chumbado até a ultima da hora no raio do jantar em vez de ir em de uma vez por todas p’ro meio do areal da Praia da Rocha gozar da maneira que eu bem merecia. (Sublinho que uma das piores coisas que me podem fazer na vida é mesmo impedir-me de dar uma passo com o pé direito quando batem as doze badaladas, enfardar as doze passas e pedir os respectivos desejos, rebentar uma garrafa de champanhe, ainda que este seja da candonga, e essas paneleirices todas. Sim, é isso mesmo que estão a pensar. Também visto umas cuecas azuis novas na passagem de ano. Estou-me a marimbar p’ra vocês porque a minha avó diz que da sorte). Enfim, há que nos adaptar a personalidade dos demais, uma vez que o mundo não gira em torno da nossa imagem. (Também se girasse em torno da minha imagem, não perdia nada…da mesma maneira que se girasse em torno da minha burrice, até ganhava bastante).
Bem, lá chegámos nós à praia antes da meia-noite, isto é, os que foram naquela viagem, uma vez que a condutora era a única sóbria do grupo e ainda tinha que fazer mais um caminho para ir buscar os restantes, e o Miguelinho correu que nem um esgalgado para a praia sem sequer se preocupar nos com o resto do pessoal. Coitados, são tão meus amigos que correram atrás de mim e acabaram por se estampar nas escadas a caminho da praia. Também o que querem que eu faça? Eu avisei que o primeiro minuto do ano p’ra mim é sagrado. Chegado lá a baixo olhei em redor. Este momento p’ra mim é sempre lindo de se ver. Quando me lembro daquela cambada de parvalhões, metade deles nem uma relógio se lembrara de levar, a olhar p’ra cima de boca aberta, com um fio de baba a cair, tamanha era a bebedeira, sem saber às quantas andam à espera que estoire o primeiro foguete e assim se aperceberem que acabou de entrar outro ano, é sempre o mais querido momento do ano. Terminado o primeiro reconhecimento do local, começo a escutar ao longe a contagem decrescente para a entrada do novo ano e comecei a agitar as mãos (tencionava estoirar a garrafa de champanhe) ao mesmo tempo que decorria a contagem. Quando finalmente chega o primeiro foguete, que por acaso também não devia estar nos dias dele, uma vez que saiu falido, e eu olhei as mãos para pressionar a rolha da garrafa e comemorar a minha entrada no ano, quando percebi que me tinha esquecido da porcaria do champanhe. Vejam lá bem o tamanho da bebedeira, que levei dois ou três minutos a agitar as mãos. Quem viu a minha figura de longe, deve ter pensado: “Que dó, não deve ter aguentado a erecção e veio-se masturbar p’ra praia”. Enfim, ninguém se deve lembrar da minha cara. Ora, completamente desconsolado da minha vida por não poder atirar o litro de bebida ao ar, olhei p’ra todos os lados, na esperança de que alguém se tivesse esquecido de uma triste garrafa entre a areia. Podia não estar cheia. Se lhe faltasse um bocadinho era tranquilo. Melhor, podia estar só a meio. Não, na verdade podia ter só uma gota que eu não me importava, nem que eu tivesse só que emborcar a triste garrafa e desperdiçar só a gota na areia, mas eu tinha que entornar o raio do líquido. Não tive muita sorte. E agora, acham o quê? Que eu cruzava os braços e esperava que o tempo passasse na minha passagem de ano? Claro que não. Completamente fora de questão. Este lindinho tinha que mandar alguma coisa ao ar e à falta de champanhe, agarrei em dois punhados de areia e desatei a atirá-la ao ar. Foi tão divertido que só parei quando me senti cansado. Olhei para o lado e estava um casal a olhar p’ra mim de boca aberta, tal não era o espectáculo que estava a dar que os tristes preferiram olhar p’ra mim e marimbaram-se no fogo de artifício. Obvio que não podia deixar passar em branco aquela ocasião. Corri na direcção dos morcegos, soltei um “boa noite” meio enrolado, dei um beijo na testa de uma velha, peguei-lhe ao colo e desatei a atirá-la ao ar. Eu disse que à falta de champanhe, qualquer pedaço de carne podre servia, ainda que fosse uma velha com os mamilos até as virilhas. Maldição a minha, que o marido não curtiu muito o assunto e aventou-me um sapato acima. “Calma fofinho, está a exagerar.” - Pensei.
Ora continuou o raio do fogo, que eu já não podia ver à frente, e como tal tinha que continuar a minha actuação de malabarismos. Despedi-me dos velhos já a correr que nem uma chalado em direcção à água (se não avia mais nada p’ra atirar ao ar, que remédio tinha eu se não atirar-me a mim ao oceano atlântico) quando passa um cãozinho daqueles ordinaríssimos que as viúvas transportam dentro de uma “pochette” e desata a ladrar-me. A serio, aquele tipo estava mesmo a ter um face to face com os meus calcanhares, não dava para aguentar aquilo e…eu precisava de alguma coisa p’ra atirar ao ar. Prazer ou Obsessão? Não interessa. Foi uma entrada triunfal no 2012. Pah, desculpem, mas o fogo ainda não tinha acabado… Agarrei no sarnoso e espetei com ele no Oceano. Ora estava eu contentíssimo, por estar a conseguir substituir o meu champanhe da melhor maneira, quando sou atingido nas costas por um objecto. Olho p’ra trás, já com o sobrolho meio franzido, pronto p’ra andar à pazada, quando percebo que o “caga tacos” do velho me tinha acertado com outro sapato (vá lá que era zarolho, se me tivesse acertado na cabeça dava cabo de mim) e vejo a velha, chorando desalmadamente a correr em direcção à água: “Assassino, afogaste a minha pípí” – Gritava ela.
Bem, achei melhor mesmo sair dali, não fosse eu levar uma sova de um casal de velhos. Também o fogo já tinha acabado. E agora dizem vocês: - “UUUFFFFAAA, tanta coisa que te aconteceu amorzinho…” É verdade queridos amigos, e se eu vos disser que o fogo de Portimão teve a simbólica duração de dois minutos e picos e isto se passou entre o inicio e o fim do mesmo, torna-se ainda mais difícil de acreditar. Problema vosso, quem se divertiu fui eu! - Foi aí que percebi que estava sozinho. “mas onde se meteram estes caras de alho francês” – Disse p’ra mim mesmo.
Tentei encontrar o caminho para as escadas de acesso à praia às quais entretanto tinha perdido o norte, quando avisto lá longe o meu pessoal a aproximar-se. Coitados, eram uns coxos, outras sem salto num dos sapatos e ainda havia um agarrado ao braço direito.
- O que vos aconteceu? - Perguntei eu.
- Caímos ali… – respondeu um deles.
- Porquê? – Questionei novamente, com a característica língua enrolada de um bêbado nato!
- PORQUE ESTÁVAMOS A TENTAR NÃO TE DEIXAR SOZINHO. – Gritaram todos em coro.
- Podemos ir beber umas? – Finalizei. Ao que eles respondera virando-me as costas em silêncio e dirigindo-se à zona dos bares…
“UPSSS…isto não está muito bem encarado” – pensei eu.
Bem, os ânimos lá voltaram ao normal e estabilizamos num dos bares situado no meio da rua acima da praia. A música estava agradável, o ambiente estava porreiro (também, eu não vi nada nítido e se houvesse algum aborto não notava com certeza) e as televisões transmitiam a 2 edição da versão portuguesa da casa dos segredos. Era o ideal. Podia acabar de enfrascar-me na boa, e ainda ficava a saber quem era o vencedor do programa. Podia, se não existisse uma adolescente de 16 anos com cerca de 80 kg e uma cara de bolacha Maria salpicada de sinais que dava dó, com as hormonas a saltar-lhe pelas orelha a roçar-se pelas minhas costas como se não houvesse amanha. Desconfio que devo ter ficado com o cú das calças três tons mais claro de tanto que a miúda se roçou. Bem, lá me saltaram as estribeiras, perdi a paciência e lancei um olhar de esguelha à gaiata. Felizmente a desgraçada percebeu, juntou as mãos à frente da cintura e baixou ligeiramente a cabeça.
- Não queres dançar comigo? – Perguntou com os olhos lacrimosos.
- NÃO! – Respondi eu, com a piedade e compreensão que me caracterizam.
- Mas porquê?
- Eh pah, porque estou a ver a Casa dos Segredos. Fazer o favor de não me amolar a paciência?
- Mas tu lá em casa disseste que não gostavas da casa…
- E não gosto, mas agora apetece-me ver boa? – Disse interrompendo-a.
Virei as costas e continuei a mirar o plasma, precisamente na altura em que a Teresa Guilherme anunciava o vencedor. Pah, minha gente, sinceramente até uma semana depois desta data, não consegui perceber porque raio um homem entra num programa de televisão a dizer que é vitima de violência doméstica às mãos de uma mulher, em vez de se defender e lhe espetar três azevias em troca, e ainda sai vencedor do raio da competição. Mas felizmente houve uma monstra que me esclareceu as dúvidas. Mas já lá chegamos. Depois do barzinho simpático, saímos p’ra procurar um restaurante, porque as lontras que me acompanhavam precisavam de “picar algo”.
Algo, como quem diz. Aqueles alarves espaldeiraram dois hamburguers do BurguerKing cada um e ainda disseram que estavam com fome depois de soltarem três arrotos que me cheirou a linguiça digerida a três metros de distância e nem tiveram a decência de me perguntar se era servido. Pudera, depois de rebolarem umas escadas por causa minha e ficarem todos tortos e marrecos queriam o quê? Milagres?
Também, queria lá eu saber, com a camada de cerveja que carregava no estômago, a única coisa que eu era capaz de comer era alguém parecido à Barbie noiva e mesmo assim, não sei se o apetite chegava para tal.
Quando a vara de suínos acabou de comer, decidimos ir bombar um bocadinho mais a uma discoteca.

Episódio II
A discoteca ou a floresta da Amzónia?

Se querem que vos diga não me sei se entrei numa discoteca ou numa favela do rio de Janeiro, mas sei que estive em qualquer sítio.
Quando entramos, informei a malta que ia ao WC. Tinha uma vontade de urinar que até os testículos gritavam por socorro.
E assim foi. Entro na casa de banho e deparo-me com uma parede do lado esquerdo corrida de urinóis e duas sanitas ao fundo, separadas por uma parede. Como devem perceber eu não tenho por hábito fazer “pim-pam-pum” p’ra escolher um sítio para descarregar a bexiga, fui para o que me saltou primeiro à vista e que me dava um pouco mais de privacidade, uma vez que sei que se me atrevo a mijar bêbado, torna-se muito difícil acertar no buraco da sanita, de tantos cambaleios que dou. É uma barraca descomunal.
Saquei do cogumelo p’ra fora e desatei a obrar. Até me saio um “AAAAHHHH” de satisfação, (Deixem-me que vos diga que há mijadelas que são melhores que noites a dois) quando me entra um marmelo qualquer na casa de banho e, simpático como nunca vi ninguém, me aborda:
- Escuta lá, porque é que estás a mijar na sanita?
O Miguelzinho olha p’ra trás, e na sua inocência, volta a encarar a gaita que acabava de elaborar o serviço. Aquilo não podia ser comigo.
- Escuta lá, porque é que está a mijar na sanita? – Repetiu o sujeito.
- Oh amigo, você está a brincar comigo não está? – Perguntei eu já a sacudir a ferramenta.
- Tu estás a ver me a rir oh parvalhão?
- Diga? – Perguntei eu com tom de escárnio, já a guardar o cogumelo.
- Não é “diga”. Na minha terra as sanitas servem p’ra cagar ou p’ra vomitar. – Afirmou o personagem imitando uma águia com os peitos.
- Pois olhe, na minha servem até p’ra “dar uma” se o meu “Zézinho” se sentir desesperadamente aflito. – Respondi eu, mostrando-lhe que também sabia imitar uma águia com os peitos.
Ora cheio de coragem já eu estava p’ra partir o fucinho daquele marmelo e se necessário o lavatório, os urinóis, as sanitas e o que mais me aparecesse à frente porque a mim ninguém me toca, quando me aparecem mesmo seis anormais com pêlos até ao pescoço e uma cruz de ouro pendurada de um fio e a coragem me fugiu agarrada a um peido que me saio. “Morri” – Pensei eu já todo esborteado de cagufa.
Bem. Só vos digo que ainda espetei uma cotovelada a um que me deu um puxão na manga e me apareceu um preto com cerca de um metro e noventa no preciso momento em que ia levar a primeira azevia pelo focinho.
- O que é que se passa aqui? – Perguntou o Belchior.
- Passa-se que este tipo estava a mijar na sanita e aqui na minha terra as sanitas servem ou p’ra cagar ou p’ra vomitar. – Respondeu o herói.
- Ah sim? Então agora quem vai mijar na sanita sou eu. – Disse a trave na descontracção.
Bem amigos, só vos digo que se atirou tudo ao coitado do homem e este nem tempo teve p’ra meter a pila p’ra dentro.
“Desculpa companheiro, mas com a bezana que eu tenho não te sirvo de muita coisa. Tenho mesmo que ir ali ver se encontro o peidinho que me saio há pouco, que preciso de o levar a casa” – Pensei eu!
E raspei-me dali sem sequer saber como aquilo acabou.
Foi tenebroso não foi? Eu sabia que vocês ainda iam amar. Mas tenham calma que ainda vai sair daqui muita fruta.

Episódio III
A Monstra!

Menos de uma semana depois, já as aulas tinham arrancado, vai o Miguelzinho, fofo, querido, lindo, esbelto, maravilhoso, simpático, sexy, atraente, inteligente, quente, cheiroso e tudo e tudo e tudo sair com a malta p’ra matar saudades depois de duas semanas de distância, quando entro numa discoteca de Faro e peço de imediato uma cerveja. Isto depois de um jantar na casa de um amigo, onde o cozinheiro fui eu ao confeccionar os meus talentosos bifes com mostarda e onde rebentei com uma garrafa de “Nico”. Pois é, dos bifes não foi porque sei bem que nunca me prejudicaram, mas o raio da garrafa de vinho do Nico deu-me uma volta tal ás tripas que quando dei a primeira golada na cerveja, não me defequei porque consegui fazer força no dito cujo a tempo. Se não haviam de ver um regueiro sair-me pelas calças.
“Vou acabar esta e pisgo-me que isto não está muito bom cá no sítio. Deve ter sido do “Activia” que bebi ao pequeno-almoço.” – Pensei eu. No entanto, não me foi possível acabar, pois uma cacetada bem assente acertou-me com tamanha força no lado esquerdo da tromba que quase me desfaz o maxilar. “Mas quem foi o (PIIIIIII)” – pensei eu.
O que se revelou totalmente errado, pois o (PIIIIIII) tinha uma ratinha no meio das pernas. Aliás, a julgar pelo tamanho da “monstra” aquilo no meio das pernas devia ser mas é uma raposa.
- Oh minha (PIIIIIII), mas tu bateste-me porquê? - Perguntei eu cheio de coragem.
- O Quê? – Disse a gorda imitando uma águia com o peito.
- Bem, ultimamente tenho encontrado muitas águias. Ainda bem que também sou benfiquista…disse eu com um sorriso sarcástico.
- O que é que foi (PIIIIIIII)?- Disse a tipa.
Quando eu reparo que a monstra tinha pelo menos mais três palmos que eu e me sai outro peidinho. “Miguelzinho, aguenta-te que se deixares escapar outro agora, vai-te sair com molho” - Pensei.
“Escuta lá o minha grande (PIIIIIII) tu não fales comigo assim que eu parto-te já essa cremalheira toda am? – Ripostei eu, recordando que mesmo grande, quem tinha um mangalho ali era eu e insinuando baixa-lhe o punho nas trombas, quando o segurança, simpático como ninguém, pega em mim e me coloca tão delicadamente na rua que pensei que quando me largasse o braço tinha que o ir amputar.
Bem, cá está a questão do vencedor da casa dos segredos. Realmente o problema daquele rapaz não era propriamente falta de coragem. O problema daquele rapaz era já ter descoberto antes de mim que as mulheres mandam nisto, tenham lá elas razão ou não. O sexo forte deixou de ser forte, para dar a forças ao sexo fraco, o sexo fraco sem usar a força do sexo forte porque não a conseguiu guardar conseguiu derrubar o sexo forte se fazer qualquer tipo de força. E contra isto, batatas! Prazer ou Obsessão? Não interessa. Foi uma entrada triunfal no 2012.
E se pensam que a minha entrada no 2012 fica por aqui, é melhor tirarem o cavalinho da chuva porque ainda há muito texto p’ra desbravar.

Episódio IV
Migéuinhoooo, vams b’incar aos gandes?

Minutos depois de abandonar a discoteca, vai o Miguelzinho a caminho de casa, quando a miúda com quem tinha passado o ultimo mês e picos resolve tratar-me a baixo de cão à frente da malta. Pah eu sempre a achei estranha, nunca pensei é que lhe desse prazer enxovalhar um homem que nunca pensou em fazer-lhe isso a ela. “Bem, cada um com os seus fetishes sexuais” – Pensei eu. Sem problema. A roleta russa volta sempre ao mesmo número e há-de aparecer um tipo mais esperto que eu que lhe faça o mesmo a ela. Escusado será dizer que a relação (em que eu estava a querer levar a sério) desmaiou naquela noite, ao canto de uma rua.
Sim, já sei, agora perguntam vocês. “Oh Miguel Brito de Oliveira, outra?”
Eh pah, eu juro que esta não era só mais outra, mas não há pachorra. Não tenho vocação p’ra ser cãozinho, vocês sabem bem disso. Ou me tratam bem e eu dou de mim, ou dar de mim e receber coices não é produtivo. Se não reparem. A 1ª vez que tentei estar com a pessoa, ela foi-se, desculpando-se com o facto de haver gente a observar-nos. Claro que eu deixei passar porque é natural um medo inicial. A 2ª vez que tentei estar com a pessoa ela foi-se, desculpando-se à ultima hora que iria passar o fim-de-semana com os tios, o que tornaria o nosso encontro, anteriormente combinado impossível. Claro que eu deixei passar, porque imprevistos acontecem. A 3ª vez, numa conversa à mesa de um bar a lindinha olha p’ra mim e diz-me na cara que eu era uma segunda opção na vida dela. Ora digam lá que homem com tomates aguenta ouvir isto da mulher por quem se apaixonou? Mas é claro que eu deixei passar porque gostava dela. A 4ª combina beber café comigo na sua terra, motivo pelo qual eu decido, movido pelo sentimento, fazer 90 quilómetros, com o carro semi-reparado de uma avaria que pedi para apressarem, de ter entrado numa valeta no meio da viagem porque um qualquer veado resolveu fazer uma ultrapassagem mesmo encima do meu carro, brincadeira que me custou um farol. Mas não fazia mal, porque o pilinhas ia dar a prenda de natal à sua mais que tudo e ia matar saudades. E agora perguntam vocês: “E então, não valeu a pena passares os obstáculos oh estúpido?” Ah pois claro que sou um grande estúpido, mas penas têm as galinhas, pois o troco que recebi foi uma mensagem da senhora a dizer que um velho qualquer se tinha matado num poço e que ela ia dar apoio à família. Mas claro que eu deixei passar porque me havia prometido a mim mesmo que nunca ia magoar aquela pessoa, se bem que magoado estava eu a ficar. Enfim, se fosse hoje tinha mas é mandado o velho fazer uma sessão de sexo oral ao Bin Laden se o encontrasse por acaso no céu. E agora dizem vocês: “Pah podes-te deixar de colhoadas e vai directo ao assunto?”
Escutem amigos, o blog é meu. Calem-se e continuem a ler que garanto-vos que vão sair daqui mais cultos sem sequer darem por isso. Prosseguindo.
À 5ª a senhora resolve ir passar a passagem de ano não sei com quem (ela bem que me avisou que eu ia ser a sua 2 opção) em vez de vir comigo. Por coincidência, na mesma passagem de ano estava aquele amigalhaço, mas tão amigalhaço que até me dá vontade de chorar de tanta emoção, que disse na minha cara que lhe queria saltar p’ra cueca e que por sua vez dormia noites sem fim na casa dela. Pah calma, só coincidências. Claro que eu deixei passar, porque afinal eu não tinha o direito de a privar de estar com os amigos. Era mais correcto privar-se de estar comigo. A 6ª foi no dia 1 de Janeiro deste lindo e novo ano que tantas alegrias me tem dado, quando eu, simpático, a convido p’ra sair aproveitando assim p’ra matar saudades e comemorar o nosso 1º mês. (Logo eu que ligo tanto a estas paneleirices, reparem só como fui um fofo), ao que ela me responde que não dava porque tinha um trabalho de psicologia p’ra fazer. Claro que eu deixei passar, afinal a segunda opção era eu, e a escola estava em primeiro lugar. Até porque não havia mais dia nenhum p’ra fazer aquele trabalho e eu estava-me a sentir igualzinho àquele maricas que anda por aí a cantar qualquer coisa do género: “Eu tô apaixonado, Eu tô contando tudo, E não tô nem ligando pro que vão dizer, Amar não é pecado, E se eu tiver errado, Que se dane o mundo, Eu só quero você”. E agora dizem vocês: “Que triste Miguel, como é que te conseguiram abananar tanto?” Pois, eu sei! A 7ª foi nessa noite fatídica em que sou agredido por uma gorda, banhuda, gordurosa e celulosa, e aconteceu o que vos expliquei a cima. Prazer ou Obsessão? Não interessa, continuava a ser uma entrada triunfal no 2012. Acham que fui eu que proporcionei o fim da relação? Ah bom, então a próxima vez que me tentarem julgar, pensem que o fofinho também consegue ser boa pessoa. Não tenho culpa é de ter mais sucesso com as mulheres quando sou um sarnoso p’ra elas. Como é que se vai entender a psicologia feminina?
Sim, já estão vocês a interromper-me outra vez. – “Deves ter ficado magoadinho não foi Miguelinhozinho? Snifff, Snifff…”Pah eu vou responder só mais desta vez e em troca vocês calam-se e deixam-me manter um raciocínio lógico ok? Então vamos lá: Sim, fiquei triste, como há muito tempo não me sentia. Quando depositamos aquela fé na maturidade de uma pessoa e ela acaba por se revelar o oposto, dói um bocadinho. Principalmente quando se gosta tanto que fazemos tudo p’ra não magoar a pessoa e acabamos por sai nós magoados. Mas nada que não se resolva com duas ou três pinadelas. Eu sou como a função pública. Quando as funcionárias falham, abre-se novas vagas, faz-se concurso e contratam-se novas funcionarias que com os pré-requisitos necessários e que correspondam às exigências pretendidas. E já tenho uma estagiária em vista. E mais umas vez interrompem vocês: “Oh Miguel, não faças isso ainda, pode ter solução. Já fizeste tudo o que podias?” já queridinhos, fofinho, meus lindos cutxi-cutxis… Vou vos só contar a oitava, assim só p’ra nós, em jeito de confidencia pxxxiiiiiuuu: A 8ª foi quando eu ainda fiz força p’ra falar com ela e tentar resolver a coisa de outra maneira, ao que a senhora me responde que não podia ir ter comigo PORQUE ESTAVA A VER SERIES. PORRA, MAS ALGUÉM AGUENTAVA? Se há por aí um homem com tomates p’ra aguentar isto, pelo amor da santa dê-me umas aulas. E ainda há a 9ª, que é sempre aquele amiguinho característico, que lhes quer dar uma chumbadela e elas são tão estúpidas (ou fazem-se de tal) e nunca percebem porque o cabrão, é muito amigo nem que o conheçam só há duas semanas, quase colado a ela como se nada fosse, o mesmo que à posteriori, vim a saber estar também na maltinha da passagem de ano e que por sua vez lhe dizia numa qualquer publicação de uma qualquer rede social para aceitar uma vídeo chamada já a madrugada ia longe. E vocês, pensavam o quê nesta situação? Ah, já sei: “São só amigos, vão se ver na Web porque se calhar combinaram uma partidinha de poker on-line não é? Oh pelo amor do God, Fuck! Vocês do outro lado do ecrã iam pensar precisamente o que eu pensei. Não me lixem. À primeira é normal, a segunda chateia um bocadinho, mas quando queremos mesmo aguentamos, à terceira começa a fartar mas se for verdadeiro deixamos passar, ainda que o espaço de tempo seja entre uma e outra seja pouco, à quarta ficamos amarelos, à quinta passamos a laranja, à sexta mudamos p’ra vermelho, à sétima começamos nos tons de roxo, a oitava rebentamos e a nona é melhor enfiar o dedo no cu e cheirar porque de palhaço não tenho muito. E agora concluem vocês: Fogo Miguelinho, realmente, como é que aguentaste? Pah, sim, já sei, alguns de vocês já tiveram oportunidade de me dizer na cara que sou um grande banana. Também não é preciso enxovalhar. Acontece a todos. E sinceramente, eu sei que vocês ainda não sabem, mas tenho um elevado grau de parentesco com o Robert Pattinson na saga de vampiros que deixa as pitinhas loucas de tesão! Dá p’ra continuar? Há remédio? Havia claro se a pessoa crescesse, mas garanto-vos, conheço bem a peça. O orgulho característico de muitas mulheres vai levá-la a manter a pose ridícula até ao caixão. Já posso procurar uma estagiária sem que ninguém me critique ou me diga que “foi só mais uma” e que eu sou um tipo sem sentimentos? Ah, agradeço imenso que finalmente me compreendam.
Adiante.

Episódio V
Um pirete em troca de uma bela gargalhada!

Na sexta-feira a seguir ao fim dessa tal relação, aqui o puto maravilha rumava em direcção a sua terrinha natal para matar saudades da malta e distrair a mente, quando recebe um telefonema no caminho do pessoal de Évora, para passar-mos uma bela noite na S Club de Castro Verde. É impressionante como os meus amigos pressentem quanto preciso de farra da grossa. Bem ruma o pilinhas à cidade de Diana, onde encontrei o pessoal e rumamos juntos à bela terra, onde passamos uma noite dos Deuses. O problema é que eu tenho uma real capacidade de atrair problemas, e como aquela noite estava a acabar clama de mais. Coisa de estranhar para o arranque de um 2012 tão atribulado como fora o meu. Ora para o que se revelava uma noite normal, o fim da noite foi mais um espectáculo de arte circense. Estávamos nós a sair da discoteca, quando um qualquer borgesso resolve puxar conversa com uma das nossas amigas imediatamente antes de ela sair porta fora (informo que a senhora é de facto um monumento de mulher e qualquer homem se deixa levar pelos seus encantos, pois aquela situação acontece mais do que uma vez numa noite cada vez que tenho oportunidade de sair com ela).
Bem, mas sinceramente não sei que raio de engate queria aquele anormal fazer com a rapariga, que levei sem exagero 3 quartos de hora à espera que aquilo acabasse. Como devem saber a minha falta de paciência atinge-me neste tipo de situações e comecei a fazer-lhe sinais para se apressar. O problema daquela situação foi o segurança pensar que estava a falar com ele e fazer-me sinal com a cabeça, como que pergunta “O quê?”! Pois, é isso mesmo, não me entrou coisa boa. Lembrei-me imediatamente de uma história que certa noite o amigo João Infante me contou, e resolvi pôr em prática. Prazer ou Obsessão? Pah, não interessa mesmo. Era mais uma p’ra minha entrada triunfal no 2012. Continuei comunicar de cá de fora para a Vanessa que estava lá dentro por linguagem gestual e resolvi fazer-lhe um pirete. A queria, como ama as minhas brincadeiras, resolveu responder-me com outro e eu devolvi-lhe dois. Ela retribui-me os dois e fez-me um outro gesto feio com as partes, e como é claro eu retribuí. E moral da história? Dentro de cinco minutos tinha o segurança a pegar-me nos colarinhos porque pensava que era com ele. Típico. Era aquilo que eu estava a provocar, a questão era de que maneira eu ia resolver aquilo já com os calcanhares descolados do chão. “Já sabemos, deste o teu peidinho de medo não foi?” Não minha gente, desta vez caguei-me todo!
Querem saber os resto das aventuras “mirabulásticas” do pilinhas? Então não percam o próximo post. (BREVEMENTE)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma Cadeira de Rodas ou um Ferrari para o Ricardo?

Viva maltinha. Estou de volta. Antes de mais peço desculpa pelo atraso, mas a minha capacidade de gestão do tempo tem andado um pouco em baixo. Por esse motivo, tenho andado afastado do blog.
Vamos então ao que realmente interessa.
Terça-feira passada, o pessoal resolveu aventurar-se em mais uma noite negra de terras algarvias. Escusado é dizer que a escuridão das noites é tanta, que chego todas as noites a casa de parede a parede a encalhar com as pedras da calçada, já p’ra não falar nas noites em que me engano na porta do prédio e acordo a vizinha do quinto andar às 5 da matina. Atenção, a culpa é da escuridão das noites, claro. A falta de iluminação tem destas coisas.
Ora como eu ia dizendo, lá vai o Miguel com a sua malta, vestido de ponto em branco, todo pipizinho, e com o seu atraente perfume Patcholi, tentar que uma parva qualquer caísse na minha lábia e passar uns momentos de pura confraternização. Confraternização? Bem, cada um chama-lhe o que quer.
Já a noite de terça-feira ia a meio, a cara cheia de álcool, os pés cheios de bolhas e o cérebro vazio de consciência, quando o senhor do karaoke me resolve chamar para cantar a música que lhe tinha pedido. Vai o fofinho que nem um esganado buscar o microfone e a música começa a tocar. Bem, só vos posso dizer que aquilo foi lindo. As luzes da ribalta acenderam-se sobre a minha cabeça e rapidamente uma passadeira vermelha se estendeu na minha frente. Para que eu pudesse viver o belo do momento de estrelato. A merda disto tudo é que um calhambeque qualquer emborcou-me uma cerveja por cima e eu acordei do sonho. Lá estava eu, lindo, querido, fofinho, esbelto, maravilhoso e tudo e tudo e tudo, no bar carregado de fumaça, as paredes cheias de nicotina, as solas dos sapatos coladas ao chão da langanhice de álcool derramado, beatas de cigarros e uma ou duas irritantes pastilhas elásticas que teimam sempre em ir encalhar com os meus pés. Juro que um dia ainda vou perceber porque é que eu sou o único anormal que anda sempre com uma pastilha elástica colada num dos sapatos ou todo embolado de um qualquer cagalhão que foge para baixo dos meus pés.
Prosseguindo. A música acabou e em momentos tinha um bar inteiro a aplaudir e três ou quatro macacos que nunca tinha visto em parte alguma a congratular-me pela minha belíssima prestação na música que interpretara. Foi o momento da noite, foi tão lindo, tão lindo, tão lindo, que nem me lembro do que é que fiz, vejam lá tão lindo que eu já estava. Belas carroças que se apanham na juventude. Este que aqui está não chega aos trinta, vão ver. Aim, aim, bebes que nem um zorro e depois queixas-te de cirrose e AVC’s.
Mas uma coisa me impressionou. A falta de gosto das pessoas. Como é que esta gente pode gostar de ouvir um homem bêbado cantar? É incompreensível Mas como eu também raramente me lembro do que acontece depois de duas ou três vodkas, estou-me completamente nas tintas.
E agora estão voçês a pensar: “Oh Miguel, tu és um colhoativo de primeira. P’ra contar uma história, fazes uma introdução maior que a Génesis das Escrituras Sagradas…”.
Concentrem-se mas é no texto, que muita sorte têm voçês de eu não me pôr aqui a falar dos avós dos pais dos filhos dos tios dos primos da mãe da irmã mais próxima da Eva, que por sua vez era mulher fiel do Adão, pois não havia mais nenhum. Ou não, como as mulheres são, o coitado devia ter um par de chifres do tamanho dos do Bambi…Ah, pois. Ainda não existia Walt Disney. Sorry.
Bem, indo de encontro ao que realmente interessa, Quando a noite finalmente chega ao fim, uma miúda que me tem vindo a encher os olhos, veio ter comigo ao balcão, no momento em que pedia a última jola. Aliás, aquela mulher não me enche só os olhos, enche-me o coração, o cérebro e mais umas quantas partes que agora não interessam nada. Assim é, até abrir a boca, porque a coitada é de tal maneira bruta que à primeira frase a única coisa que me enche é a paciência e o estômago. Entra-me um vómito que só me apetece por os dedos às goelas e vomitar ali mesmo. (Brincadeirinha. É uma fofa).
Em meia dúzia de palavras trocadas, fiquei a saber de pontos da vida daquela princesa que, garanto-vos, chocariam qualquer pessoa. Qualquer pessoa menos a mim. Por esta altura do campeonato, é difícil sensibilizarem-me seja lá com o que for. No entanto, reconheço, não deve ter sido fácil passar momentos como os que ela passou e que naquela noite usava como desculpa para as 6 (seis) tampas que já me tinha dado até então. Sem stress. Já me prometi a mim mesmo que ia conseguir arrecadar as tampas necessárias para ganhar uma cadeira de rodas para doar ao Ricardo.
E agora perguntam vocês novamente: “ Deves ter ficado um bocadinho magoado não fofinho?”.
Eh pah, se levarmos em conta que a minha pontaria é tanta que as únicas que me interessam a sério são aquelas que não me ligam pívia, posso-vos dizer que é no mínimo inquietante. Mas nada que não se resolva com duas ou três sessões de masturbação.
Saímos da porta do bar onde os nossos amigos nos deixaram (coitados,confiam tanto na minha capacidade de engate que até se pisgam p’ra me deixar à vontade) e rumámos à paderia noturna, onde os coitados jaziam, tal não foi a demora dos cinco minutos de privacidade que lhes pedi.
Chegando ao pé deles, reparei que estavam verdes e já com cheiro a carne putrefacta com a ponta do nariz já em decomposição. Impressionou-me o facto de, apesar da fartação daquelas pessoas lhes estar estampada na cara, um sorriso carinhoso e amigo permaneceu nos lábio de cada um e o sentido de humor permaneceu em um ou dois como se a noite ainda fosse uma criança. Escusado será dizer que quem ficou pelos cabelos foi eu, pois caso fosse eu a estar no lugar deles, estava a tourada armada. Com o feitiozinho que eu tenho haviam de ficar rasinhos, rasinhos. É por isso que amo as pessoas que se dão comigo.
Bem, curto era já o tempo de duração da madrugada, já um ou dois pardais começavam a dar os primeiros chilreios (obviamente os mais pobres, que certamente estavam prestes a levantar-se p’ra ir p’rá construção civil fazer um esforço enorme para sustentar a família e ainda suportar os cortes no subsídio de natal, décimo terceiro mês e afins e ainda mamar com a subida do IVA, da eletricidade e mais não me recordo, fruto do executivo do anterior governo PS e atual governo PSD. (só mudam as siglas, porque a ideia é toda a mesma). Enfim, não ligo muito. Sempre achei os pardais um dos animais mais anormais que existem à face da terra). Porém, longa era a minha vontade de estar com aquela miúda (não sei porque é que eu tenho vontade de partilhar momentos preciosos da minha maravilhosa vida com uma mulher-besta, mas também não vou tentar perceber).
Mas como eu sou um tipo persistente, com carácter e personalidade fortes, ou não, senti necessidade de insistir e compreender a situação.
Pois, foi mesmo o que vocês estão a pensar. Não só consegui duplicar a quantidade de tampas, de seis p’ra doze, como ainda por cima somei mais três. 15!!!
Sim, leram bem. QUINZE tampas de uma mulher só é dose p’ra cavalo. Daqui a pouco cago na cadeira de rodas do Ricardo e ofereço mas é um Ferrari ao moço que o número de tampas já é suficiente. Ninguém merece.
Esperem lá aí. Isto leva um gajo a pensar seriamente na vida. Quer dizer uma tampa, não há crise. A segunda é normal. Sempre achei que as mulheres gostam de chumbar o sentido a um homem antes caírem em tentação. A terceira ainda se mama e a quarta idem, caso a vontade seja mesmo real. Pah…companheiros, à quinta começamos a ficar vermelhos, à sexta mudamos para roxo, à sexta passamos para azul, à sétima esverdeamos, à oitava a paciência já é pouca, à nona a paciência acaba-se e à décima é melhor enfiar o dedo no cú e cheirar porque ali não há pão p’ra malucos.
Mas como eu sou um gajo persistente quando quero alguma coisa e não me canso enquanto não consigo, ainda cheguei à décima quinta, quando a senhora me diz a frase típica que faz um homem arreganhar a cremalheira toda de raiva e dá vontade de lhe arrepelar até a zona púbica:
- “Miguel, eu gosto imenso de ti mas apenas como amigos. Vamos ser amigos e depois logo se vê…”.
AAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!
Isto não pode ser normal. Mas qual amigos? Quero lá saber de amizade enlatada de linha branca Pingo Doce, eu quero é ação mulher. Tás a brincar comigo?
“Vamos ser amigos” é a coisa mais ridícula que uma mulher pode dizer a um homem depois de o ver partir a cara para se declarar. “Depois logo se vê”??? Tipo, mas afinal estas mulheres querem um Homem ou querem um Bull Dog Inglês com pedegree, vacinados e desparasitados, com chip e LOP, tetra-netos de campeões? Daqueles que deitam quando elas mandam, sentam à ordem da dona, aquecem-lhes os pés nas noites de inverno e ainda lhe lambem o sexo quando o vibrador avaria? (Não é que eu me importe com os dois últimos aspetos…só não tenho é pêlos…). E acima de tudo que ande atrás delas sete ou oito anos, ou nove ou dez ou onze, os que forem, porque coitados não tem sentimentos como nós, e quando chegar a época balnear levam um pontapé na peida e ala que se faz tarde?
É impressionante. Bem, escusado será dizer que não houve acordo e amizade com uma mulher fenomenal como aquela só me serve quando o papel higiénico acabar.
E assim ficámos conversados.
E o que mais me faz confusão é o seguinte: Ontem, no arraial da universidade, não havia mulher que não me galasse um minuto que seja. Ora um homem que leva 15 tampas de uma mulher que realmente poderia ter uma oportunidade a sério e se depara com este tipo de situações faz o que??? Ah, já sei, convoca o pessoal mais próximo e realiza um sessão de cinema porno com direito a pipocas e tudo! Tenham dó.
Para terem uma noção, até a Fiona, uma miúda com um défice de tal maneira grande na estética dentária que nem um aparelho conseguia corrigir e uns óculos mais grossos que um cacete africano resolveu ontem puxar conversa.
“Hienas…detesto hienas…”-Pensei eu!
No entanto, a bebedeira ontem já era tanta que cheguei a ponderar o facto de lhe dar um chagazinho. Felizmente o meu “Tomás” não ressuscita ao detetar alguma falta de sensualidade, se não, não sei em que fossa ou barranco iria aqui o Shrek construir ninho com aquela musa da Transilvânia.
Agora digam-me lá uma coisa. Se até aquela miúda, com um grau de miopia altamente desaconselhável até p’ra condutores de veículos de tração animal reparou que eu sou simpático, inteligente, lindo, fofo, um verdadeiro gentleman, com puderes mais impressionantes que os dos heróis do filme “Fantastic 4”, como é que esta abécula me espeta 15 tampas? E ainda tem coragem p’ra me dizer que tenho que chegar às 20?
Definitivamente, isto é de loucos.
Bem pessoal, espero que tenha dado pelo menos p’ra rir um bocadinho, se bem que o meu humor está mais para diarreia em sanita de discoteca do que para cozinha de alto nível.
Agora por humor, gostava que conhecessem dois personagens que recentemente cruzaram a minha vida e com quem vale a pena conviver: Zé o Exorcista e Bono Soromenho – O Power Ranger. Prometo contar aqui uma das suas aventuras assim que me for possível.
Até breve people.
Beijos, Abraços e Muitos Palhaços.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Novo espaço a web: Uma Imagem, Vários Mundos.

Parabéns ao “…Vários Mundos” que está prestes a completar 2 meses de vida.
É com enorme satisfação que informo todos os leitores e seguidores deste blog, que a partir de hoje, o “Um Livro Vários Mundos” irá dividir informação com um outro espaço virtual.
“Uma Imagem, Vários Mundos” é a nova aposta da nossa equipa, que contínua a crescer de dia para dia e será brevemente apresentada neste espaço.
Convido desde já todos os leitores a darem uma vista de olhos no novo espaço www.umaimagemvariosmundos.blogspot.com que pretende mostrar, através da simplicidade de uma imagem, um conjunto de mundos que por vezes nos escapam à vista.
O blog acaba de ser criado e está sujeito a modificações

Um muito obrigado a todos.

Beijos, Abraços e muitos Palhaços.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Heróis à Moda do Alentejo





Antes de prosseguirmos com a nossa apresentação/análise das obras de Paulo Coelho, deixo-vos uma dica de leitura que permite, não só desenvolver o gosto pela literatura, como também, conhecer um pouco mais da cultura e linguística do Alentejo e ainda nos oferece umas belas gargalhadas.
Heróis à Moda do Alentejo é um livro inserido na colecção: “Heróis à Mora de…”.
O projeto da editora Lugar da Palavra visa divulgar os saberes e costumes de cada região através da magia do conto e ainda tem a capacidade de dar a conhecer aos leitores algumas expressões que nos farão rir e chorar por mais.
O livro trás ainda um saboroso “Dicionário Parrascana” com os significados de cada palavra de calão.
Um livro de humor, bem elaborado que vos fará rir da primeira à última página.
Este livro contou com o trabalho em co-autoria de um conjunto e grandes escritores do Baixo Alentejo, como é o caso de Luís Miguel Ricardo, Manuela Pina, Antónia Silva, Afonso Barroso, Carlos Viegas, João Paulo, Marco Maurício, Maria Moraes e Paulo Godinho.
Uma saborosa leitura de verão que certamente fará subir ainda mais a temperatura.

Boas Leituras

Beijos, Abraços e Muitos Palhaços

Por:Miguel Brito de Oliveira

segunda-feira, 6 de junho de 2011

"O Aleph" e "Brida"


Como o prometido é devido, aqui está a descrição de duas obras de Paulo Coelho.
A última obra do autor intitulada “O Aleph”, trata de um relato na primeira pessoa de uma viajem a uma vida passada. A história arranca quando o autor, insatisfeito com a vida, apesar de ter conquistado o seu sonho de ser um autor famoso e respeitado em todo o mundo desabafa com o seu mestre de sempre: “J.”.
Segundo o que o próprio autor diz no livro, a determinada altura sente que, parou de evoluir enquanto pessoa, ao que J. o aconselha a comprometer-se. Não interessava com o quê, apenas teria de se comprometer.
Interpretando as palavras sábias do mestre, Coelho resolve marcar apresentações, praticamente seguidas, em quase todos os países onde é editado, deixando Mónica (sua agente e impulsionadora da sua carreira enquanto escritor) sem margem de manobra para conseguir chegar a tantos países em tão pouco tempo, pois Paulo Coelho parecia irredutível da sua ideia.
Apenas teria de se comprometer – havia dito J.
Eis que, sem estabelecer qualquer limite a si próprio, o autor dá a sua palavra de honra ao agente Russo de que atravessaria a Rússia inteira de transiberiano, fazendo apresentações em todas as cidades por onde passassem.
É numa dessas apresentações que conhece Hilal. Uma jovem música, com grande sucesso no país que se recusa a arredar pé de perto daquele que, aparentemente era o seu ídolo
No entanto, Hilal revela-se muito mais do que isso, no momento em que os olhos de Paulo Coelho se cruzam com os dela, num ponto que, pela sua energia, permite que duas almas gémeas se reconheçam de uma vida passada. Este ponto designa-se “Aleph”.
Coelho reconhece Hilal, como a 5ª mulher das oito que numa vida passada havia condenado à morte na fogueira, pois eram acusadas de bruxaria e devoção ao demónio.
O livro trata de um dom que o autor afirma ter e que, já tinha falado num dos seus primeiros e maiores sucessos: “Brida”.


Em Brida, o autor faz a mesma regressão ao passado mas, segundo aquilo que interpreto da sua carreira, esconde-se atrás de uma personagem para falar aos leitores do seu Dom de regredir a vidas passadas, dom esse que acaba por admitir em O Aleph.
Brida é uma jovem estudante que, sentindo a mesma necessidade que o autor sentiu em Aleph, procura um mestre que vive isolado no meio da floresta, para lhe explicar o sentido da vida através da magia.
Porém, a primeira lição deste não foi nem um pouco clara, pois o homem apenas lhe fala da Tradição da Lua e da Tradição do Sol, deixando-a de seguida sozinha numa floresta escura. Atitude que posteriormente Brida consegue compreender.
Numa das suas muitas visitas a uma livraria especializada em livros de magia negra e bruxaria, que Brida consultava várias vezes mas nunca comprava nada pelo preço demasiado alto das obras, o livreiro indica-lhe o nome de uma mulher (Wicca) que a ajudará a iniciar-se no mundo da bruxaria, meio que a levará a encontrar-se com ela própria numa vida passada.
Estas são duas obras do autor cujas linhas rondam o mesmo tema, com a diferença de que um deles é um relato despido de preconceito em que o autor assume a sua capacidade de regressar a vidas passadas, enquanto que o outro fala da mesma maneira em reencarnação e reencontro de almas gémeas mas numa história rodeada pela ficção.
Duas obras magníficas, que nos levam a viajar por mundos impossíveis (ou não) de encontrar no nosso dia-a-dia.
Aconselho vivamente.


Boas Leituras.

Beijos, abraços e muitos palhaços.

Por: Miguel Brito de Oliveira

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O meu novo Projecto em co-autoria.


A Editora disse sobre “Contos Nos Is”:

A antologia Contos Nos Is insere-se num projecto lançado no ano de 2011 de modo a restaurar ao actual panorama editorial português uma tradição um pouco esquecida: A tradição do conto.
Neste sentido foi criada esta antologia de contos de tema livre, constituída por originais de vários autores.
Dos muitos trabalhos recolhidos, foram escolhidos os que, após longa consideração, nos demonstraram deter traços, temas e estilos de escrita diferentes, de modo a contribuir para o sucesso deste projecto.
Assim, dos inúmeros trabalhos recolhidos, decidimos apostar nos seguintes:
1 - O Senhor do Medo, 2 - A Princesa Luzinha e o Lobo Farrão, 3 - Um Sonho Dentro do Sonho, 4 - Presporrência Abortada, 5 - Campos de Alfazema, 6 - Eleição, 7 - A Fronteira ou o Limite, 8 - A Felicidade de Lacan, 9 - Rajada, 10 - O Último Livro, 11 - O Menino Musungo, 12 - A História do Coelhinho com Um Olho de Cada Cor, 13 - As Três Sementes, 14 - Vitriol, 15 - Regresso de Uma Árvore, 16 - O Segredo de Jasmim, 17 - Recomeçar, 18 - Uma Fábula Moderna, 19 - O Gato e as Botas, 20 - Linhas Cruzadas, 21 - Está Louca – Disse Ele, 22 - Meu Nome? Adão!, 23 - Os Cactos, 24 - Memórias de Angola, 25 - Viagem, 26 - Bom Dia Sôtora, 27 - Uma Estranha Visita de Estudo, 28 - Uma Aventura Sobre Rodas, 29 - O Fim do Mundo, 30 - Um Conto de Amor, 31 - Memórias de Infância, 32 – A Diva Sem Sobrancelhas.

Por mim:

Este é um livro para toda a família, uma vez que reúne três géneros de contos: Contos Infantis, Contos Juvenis e Contos para Adultos, com a mesma ordem que está descrita.
Eu serei co-autor com o conto erótico: MEU NOME? ADÃO!, onde contei uma outra versão da história Biblica Adão e Eva. Trata-se de uma inversão da história que embora não tenhamos perceção, acontece todos os dias nos dias de hoje. Não precisamos morder o fruto do pecado, pois esse já todos conhecemos, mas precisamos morder o fruto do puro sentimento que cada vez mais está esquecido.

O Lançamento deste novo projecto que me orgulho de participar está marcado para Julho (O dia Brevemente) e estará à venda nos seguintes locais:
Bertrand on-line; Fnac on-line; Wook on-line; Loja on-line das Edições Ecopy; Livrarias do Grupo Coimbra Editora (por todo o país); Lojas das Edições Ecopy; Livraria Portugal (Lisboa); Livraria Centésima Página (Braga); Livraria Leitura (Porto); Livraria Adrião (Cabeceiras de Bastos); Livraria Esperança (Funchal); Casa Véritas da Guarda Editora (Guarda).
O preço de venda ao público é de 15 euros.

Brevemente postarei mais novidades.

Boas Leituras

Beijos e Abraços e Muitos Palhaços.


Por: Miguel Brito de Oliveira

domingo, 29 de maio de 2011

O Mago


Apresento-vos um dos senhores, cuja obra me dá um enorme prazer acompanhar.
Paulo Coelho foi dos primeiros escritores que li. “Verónica decide Morrer”, prendeu-me desde a primeira até à última página e impulsionou a minha leitura de toda a obra do escritor. Em breve falarei de todos os seus livros.
Hoje, porém, apresento-vos a sua biografia da autoria de Fernando Morais, considerado um dos mais notáveis biógrafos brasileiros, intitulada: “O MAGO”.
O Mago conta a incrível história de Paulo Coelho, desde o seu nascimento, até aos dias actuais.
Em 1947, o mundo viu nascer o menino que hoje é conhecido pelo sucesso da sua obra, consagrando-se um dos maiores escritores do mundo. Seria certamente um dia feliz, não fosse o pequeno contratempo de o pequeno/grande Paulo Coelho ter nascido morto.
Cresceu dominado pelo preconceito, pois era um menino feio, magro, frágil e asmático, que constantemente era sovado na escola. A falta de auto-estima resultante da sua falta de brilho, leva Paulo Coelho a passar toda a adolescência mergulhado no maior fracasso com as mulheres, chegando até à idade adulta com apenas uma relação sexual.
O insucesso escolar foi também um ponto fulcral na vida do autor, uma vez que o desinteresse que mostrava pelos estudos obrigaram seus pais, Lygia e Pedro Coelho, um senhora com enorme devoção por Deus e um Engenheiro ambicioso e orgulhoso pela profissão, a mudá-lo de colégio inúmeras vezes, vendo assim, cair por terra o sonho de ver o filho formado num dos melhores estabelecimentos de ensino do Brasil (Santo Inácio) e terminar numa das piores escolas que aprovava os alunos em troca de um pagamento regular dos pais.
A biografia conta ainda que Paulo Coelho se desinteressou completamente por tudo, e que pensava apenas em realizar o seu sonho pessoal: Ser um escritor famoso e respeitado em todo o mundo.
Até aos seus quarenta anos, o sonho do escritor parecia impossível de ser realizado, pois para além perder todos os concursos literários em que se inscreveu, a crítica ao que escrevia não era muito positiva.
O ponto mais polémico da biografia da estrela literária, diz respeito à sexualidade do escritor, uma vez que Fernando Morais conta que Coelho experimentou várias formas de sexo, inclusive relações homossexuais, estando em contacto com homens por três vezes, só conseguindo satisfazer o seu desejo de saber o que era ter relações com pessoas do mesmo sexo na última relação, acabando por concluir que não era aquele o seu caminho. Outro ponto polémico da sexualidade do escritor foi a relação que teve com uma das muitas namoradas que conseguiu ter depois de adulto, em frente à tia muda e paralítica da rapariga.
Paulo Coelho foi bígamo, partilhando um mesmo casamento com duas mulheres e mais um homem.
Foi internado num hospício por três vezes pelo seu pai entre os 15 e os 17 anos, deixou de acreditar em Deus, passando pregar pelo satanismo e envolvendo-se com seitas de magias negras, vindo mais tarde a recuperar a fé em Deus.
Mergulhou no mundo da droga, o qual também resolveu deixar e foi hippy durante um longo período da sua vida.
Chegou a conquistar importantes cargos na Philips do Brasil e revolucionou o panorama do rock Brasileiro, sendo compositor de Raul Seixas, Rita Lee, entre muitos outros, abandonando tudo pelo seu único objectivo: Ser um escritor famoso.
Para mim, a história de vida de Paulo Coelho, é das mais empolgantes que já li.
Parabéns a este senhor.

Boas Leituras

Beijos, Abraços e Muitos Palhaços.

Por: Miguel Brito de Oliveira