Viva maltinha. Estou de volta. Antes de mais peço desculpa pelo atraso, mas a minha capacidade de gestão do tempo tem andado um pouco em baixo. Por esse motivo, tenho andado afastado do blog.
Vamos então ao que realmente interessa.
Terça-feira passada, o pessoal resolveu aventurar-se em mais uma noite negra de terras algarvias. Escusado é dizer que a escuridão das noites é tanta, que chego todas as noites a casa de parede a parede a encalhar com as pedras da calçada, já p’ra não falar nas noites em que me engano na porta do prédio e acordo a vizinha do quinto andar às 5 da matina. Atenção, a culpa é da escuridão das noites, claro. A falta de iluminação tem destas coisas.
Ora como eu ia dizendo, lá vai o Miguel com a sua malta, vestido de ponto em branco, todo pipizinho, e com o seu atraente perfume Patcholi, tentar que uma parva qualquer caísse na minha lábia e passar uns momentos de pura confraternização. Confraternização? Bem, cada um chama-lhe o que quer.
Já a noite de terça-feira ia a meio, a cara cheia de álcool, os pés cheios de bolhas e o cérebro vazio de consciência, quando o senhor do karaoke me resolve chamar para cantar a música que lhe tinha pedido. Vai o fofinho que nem um esganado buscar o microfone e a música começa a tocar. Bem, só vos posso dizer que aquilo foi lindo. As luzes da ribalta acenderam-se sobre a minha cabeça e rapidamente uma passadeira vermelha se estendeu na minha frente. Para que eu pudesse viver o belo do momento de estrelato. A merda disto tudo é que um calhambeque qualquer emborcou-me uma cerveja por cima e eu acordei do sonho. Lá estava eu, lindo, querido, fofinho, esbelto, maravilhoso e tudo e tudo e tudo, no bar carregado de fumaça, as paredes cheias de nicotina, as solas dos sapatos coladas ao chão da langanhice de álcool derramado, beatas de cigarros e uma ou duas irritantes pastilhas elásticas que teimam sempre em ir encalhar com os meus pés. Juro que um dia ainda vou perceber porque é que eu sou o único anormal que anda sempre com uma pastilha elástica colada num dos sapatos ou todo embolado de um qualquer cagalhão que foge para baixo dos meus pés.
Prosseguindo. A música acabou e em momentos tinha um bar inteiro a aplaudir e três ou quatro macacos que nunca tinha visto em parte alguma a congratular-me pela minha belíssima prestação na música que interpretara. Foi o momento da noite, foi tão lindo, tão lindo, tão lindo, que nem me lembro do que é que fiz, vejam lá tão lindo que eu já estava. Belas carroças que se apanham na juventude. Este que aqui está não chega aos trinta, vão ver. Aim, aim, bebes que nem um zorro e depois queixas-te de cirrose e AVC’s.
Mas uma coisa me impressionou. A falta de gosto das pessoas. Como é que esta gente pode gostar de ouvir um homem bêbado cantar? É incompreensível Mas como eu também raramente me lembro do que acontece depois de duas ou três vodkas, estou-me completamente nas tintas.
E agora estão voçês a pensar: “Oh Miguel, tu és um colhoativo de primeira. P’ra contar uma história, fazes uma introdução maior que a Génesis das Escrituras Sagradas…”.
Concentrem-se mas é no texto, que muita sorte têm voçês de eu não me pôr aqui a falar dos avós dos pais dos filhos dos tios dos primos da mãe da irmã mais próxima da Eva, que por sua vez era mulher fiel do Adão, pois não havia mais nenhum. Ou não, como as mulheres são, o coitado devia ter um par de chifres do tamanho dos do Bambi…Ah, pois. Ainda não existia Walt Disney. Sorry.
Bem, indo de encontro ao que realmente interessa, Quando a noite finalmente chega ao fim, uma miúda que me tem vindo a encher os olhos, veio ter comigo ao balcão, no momento em que pedia a última jola. Aliás, aquela mulher não me enche só os olhos, enche-me o coração, o cérebro e mais umas quantas partes que agora não interessam nada. Assim é, até abrir a boca, porque a coitada é de tal maneira bruta que à primeira frase a única coisa que me enche é a paciência e o estômago. Entra-me um vómito que só me apetece por os dedos às goelas e vomitar ali mesmo. (Brincadeirinha. É uma fofa).
Em meia dúzia de palavras trocadas, fiquei a saber de pontos da vida daquela princesa que, garanto-vos, chocariam qualquer pessoa. Qualquer pessoa menos a mim. Por esta altura do campeonato, é difícil sensibilizarem-me seja lá com o que for. No entanto, reconheço, não deve ter sido fácil passar momentos como os que ela passou e que naquela noite usava como desculpa para as 6 (seis) tampas que já me tinha dado até então. Sem stress. Já me prometi a mim mesmo que ia conseguir arrecadar as tampas necessárias para ganhar uma cadeira de rodas para doar ao Ricardo.
E agora perguntam vocês novamente: “ Deves ter ficado um bocadinho magoado não fofinho?”.
Eh pah, se levarmos em conta que a minha pontaria é tanta que as únicas que me interessam a sério são aquelas que não me ligam pívia, posso-vos dizer que é no mínimo inquietante. Mas nada que não se resolva com duas ou três sessões de masturbação.
Saímos da porta do bar onde os nossos amigos nos deixaram (coitados,confiam tanto na minha capacidade de engate que até se pisgam p’ra me deixar à vontade) e rumámos à paderia noturna, onde os coitados jaziam, tal não foi a demora dos cinco minutos de privacidade que lhes pedi.
Chegando ao pé deles, reparei que estavam verdes e já com cheiro a carne putrefacta com a ponta do nariz já em decomposição. Impressionou-me o facto de, apesar da fartação daquelas pessoas lhes estar estampada na cara, um sorriso carinhoso e amigo permaneceu nos lábio de cada um e o sentido de humor permaneceu em um ou dois como se a noite ainda fosse uma criança. Escusado será dizer que quem ficou pelos cabelos foi eu, pois caso fosse eu a estar no lugar deles, estava a tourada armada. Com o feitiozinho que eu tenho haviam de ficar rasinhos, rasinhos. É por isso que amo as pessoas que se dão comigo.
Bem, curto era já o tempo de duração da madrugada, já um ou dois pardais começavam a dar os primeiros chilreios (obviamente os mais pobres, que certamente estavam prestes a levantar-se p’ra ir p’rá construção civil fazer um esforço enorme para sustentar a família e ainda suportar os cortes no subsídio de natal, décimo terceiro mês e afins e ainda mamar com a subida do IVA, da eletricidade e mais não me recordo, fruto do executivo do anterior governo PS e atual governo PSD. (só mudam as siglas, porque a ideia é toda a mesma). Enfim, não ligo muito. Sempre achei os pardais um dos animais mais anormais que existem à face da terra). Porém, longa era a minha vontade de estar com aquela miúda (não sei porque é que eu tenho vontade de partilhar momentos preciosos da minha maravilhosa vida com uma mulher-besta, mas também não vou tentar perceber).
Mas como eu sou um tipo persistente, com carácter e personalidade fortes, ou não, senti necessidade de insistir e compreender a situação.
Pois, foi mesmo o que vocês estão a pensar. Não só consegui duplicar a quantidade de tampas, de seis p’ra doze, como ainda por cima somei mais três. 15!!!
Sim, leram bem. QUINZE tampas de uma mulher só é dose p’ra cavalo. Daqui a pouco cago na cadeira de rodas do Ricardo e ofereço mas é um Ferrari ao moço que o número de tampas já é suficiente. Ninguém merece.
Esperem lá aí. Isto leva um gajo a pensar seriamente na vida. Quer dizer uma tampa, não há crise. A segunda é normal. Sempre achei que as mulheres gostam de chumbar o sentido a um homem antes caírem em tentação. A terceira ainda se mama e a quarta idem, caso a vontade seja mesmo real. Pah…companheiros, à quinta começamos a ficar vermelhos, à sexta mudamos para roxo, à sexta passamos para azul, à sétima esverdeamos, à oitava a paciência já é pouca, à nona a paciência acaba-se e à décima é melhor enfiar o dedo no cú e cheirar porque ali não há pão p’ra malucos.
Mas como eu sou um gajo persistente quando quero alguma coisa e não me canso enquanto não consigo, ainda cheguei à décima quinta, quando a senhora me diz a frase típica que faz um homem arreganhar a cremalheira toda de raiva e dá vontade de lhe arrepelar até a zona púbica:
- “Miguel, eu gosto imenso de ti mas apenas como amigos. Vamos ser amigos e depois logo se vê…”.
AAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!
Isto não pode ser normal. Mas qual amigos? Quero lá saber de amizade enlatada de linha branca Pingo Doce, eu quero é ação mulher. Tás a brincar comigo?
“Vamos ser amigos” é a coisa mais ridícula que uma mulher pode dizer a um homem depois de o ver partir a cara para se declarar. “Depois logo se vê”??? Tipo, mas afinal estas mulheres querem um Homem ou querem um Bull Dog Inglês com pedegree, vacinados e desparasitados, com chip e LOP, tetra-netos de campeões? Daqueles que deitam quando elas mandam, sentam à ordem da dona, aquecem-lhes os pés nas noites de inverno e ainda lhe lambem o sexo quando o vibrador avaria? (Não é que eu me importe com os dois últimos aspetos…só não tenho é pêlos…). E acima de tudo que ande atrás delas sete ou oito anos, ou nove ou dez ou onze, os que forem, porque coitados não tem sentimentos como nós, e quando chegar a época balnear levam um pontapé na peida e ala que se faz tarde?
É impressionante. Bem, escusado será dizer que não houve acordo e amizade com uma mulher fenomenal como aquela só me serve quando o papel higiénico acabar.
E assim ficámos conversados.
E o que mais me faz confusão é o seguinte: Ontem, no arraial da universidade, não havia mulher que não me galasse um minuto que seja. Ora um homem que leva 15 tampas de uma mulher que realmente poderia ter uma oportunidade a sério e se depara com este tipo de situações faz o que??? Ah, já sei, convoca o pessoal mais próximo e realiza um sessão de cinema porno com direito a pipocas e tudo! Tenham dó.
Para terem uma noção, até a Fiona, uma miúda com um défice de tal maneira grande na estética dentária que nem um aparelho conseguia corrigir e uns óculos mais grossos que um cacete africano resolveu ontem puxar conversa.
“Hienas…detesto hienas…”-Pensei eu!
No entanto, a bebedeira ontem já era tanta que cheguei a ponderar o facto de lhe dar um chagazinho. Felizmente o meu “Tomás” não ressuscita ao detetar alguma falta de sensualidade, se não, não sei em que fossa ou barranco iria aqui o Shrek construir ninho com aquela musa da Transilvânia.
Agora digam-me lá uma coisa. Se até aquela miúda, com um grau de miopia altamente desaconselhável até p’ra condutores de veículos de tração animal reparou que eu sou simpático, inteligente, lindo, fofo, um verdadeiro gentleman, com puderes mais impressionantes que os dos heróis do filme “Fantastic 4”, como é que esta abécula me espeta 15 tampas? E ainda tem coragem p’ra me dizer que tenho que chegar às 20?
Definitivamente, isto é de loucos.
Bem pessoal, espero que tenha dado pelo menos p’ra rir um bocadinho, se bem que o meu humor está mais para diarreia em sanita de discoteca do que para cozinha de alto nível.
Agora por humor, gostava que conhecessem dois personagens que recentemente cruzaram a minha vida e com quem vale a pena conviver: Zé o Exorcista e Bono Soromenho – O Power Ranger. Prometo contar aqui uma das suas aventuras assim que me for possível.
Até breve people.
Beijos, Abraços e Muitos Palhaços.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Novo espaço a web: Uma Imagem, Vários Mundos.
Parabéns ao “…Vários Mundos” que está prestes a completar 2 meses de vida.
É com enorme satisfação que informo todos os leitores e seguidores deste blog, que a partir de hoje, o “Um Livro Vários Mundos” irá dividir informação com um outro espaço virtual.
“Uma Imagem, Vários Mundos” é a nova aposta da nossa equipa, que contínua a crescer de dia para dia e será brevemente apresentada neste espaço.
Convido desde já todos os leitores a darem uma vista de olhos no novo espaço www.umaimagemvariosmundos.blogspot.com que pretende mostrar, através da simplicidade de uma imagem, um conjunto de mundos que por vezes nos escapam à vista.
O blog acaba de ser criado e está sujeito a modificações
Um muito obrigado a todos.
Beijos, Abraços e muitos Palhaços.
É com enorme satisfação que informo todos os leitores e seguidores deste blog, que a partir de hoje, o “Um Livro Vários Mundos” irá dividir informação com um outro espaço virtual.
“Uma Imagem, Vários Mundos” é a nova aposta da nossa equipa, que contínua a crescer de dia para dia e será brevemente apresentada neste espaço.
Convido desde já todos os leitores a darem uma vista de olhos no novo espaço www.umaimagemvariosmundos.blogspot.com que pretende mostrar, através da simplicidade de uma imagem, um conjunto de mundos que por vezes nos escapam à vista.
O blog acaba de ser criado e está sujeito a modificações
Um muito obrigado a todos.
Beijos, Abraços e muitos Palhaços.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Heróis à Moda do Alentejo
Antes de prosseguirmos com a nossa apresentação/análise das obras de Paulo Coelho, deixo-vos uma dica de leitura que permite, não só desenvolver o gosto pela literatura, como também, conhecer um pouco mais da cultura e linguística do Alentejo e ainda nos oferece umas belas gargalhadas.
Heróis à Moda do Alentejo é um livro inserido na colecção: “Heróis à Mora de…”.
O projeto da editora Lugar da Palavra visa divulgar os saberes e costumes de cada região através da magia do conto e ainda tem a capacidade de dar a conhecer aos leitores algumas expressões que nos farão rir e chorar por mais.
O livro trás ainda um saboroso “Dicionário Parrascana” com os significados de cada palavra de calão.
Um livro de humor, bem elaborado que vos fará rir da primeira à última página.
Este livro contou com o trabalho em co-autoria de um conjunto e grandes escritores do Baixo Alentejo, como é o caso de Luís Miguel Ricardo, Manuela Pina, Antónia Silva, Afonso Barroso, Carlos Viegas, João Paulo, Marco Maurício, Maria Moraes e Paulo Godinho.
Uma saborosa leitura de verão que certamente fará subir ainda mais a temperatura.
Boas Leituras
Beijos, Abraços e Muitos Palhaços
Por:Miguel Brito de Oliveira
segunda-feira, 6 de junho de 2011
"O Aleph" e "Brida"
Como o prometido é devido, aqui está a descrição de duas obras de Paulo Coelho.
A última obra do autor intitulada “O Aleph”, trata de um relato na primeira pessoa de uma viajem a uma vida passada. A história arranca quando o autor, insatisfeito com a vida, apesar de ter conquistado o seu sonho de ser um autor famoso e respeitado em todo o mundo desabafa com o seu mestre de sempre: “J.”.
Segundo o que o próprio autor diz no livro, a determinada altura sente que, parou de evoluir enquanto pessoa, ao que J. o aconselha a comprometer-se. Não interessava com o quê, apenas teria de se comprometer.
Interpretando as palavras sábias do mestre, Coelho resolve marcar apresentações, praticamente seguidas, em quase todos os países onde é editado, deixando Mónica (sua agente e impulsionadora da sua carreira enquanto escritor) sem margem de manobra para conseguir chegar a tantos países em tão pouco tempo, pois Paulo Coelho parecia irredutível da sua ideia.
Apenas teria de se comprometer – havia dito J.
Eis que, sem estabelecer qualquer limite a si próprio, o autor dá a sua palavra de honra ao agente Russo de que atravessaria a Rússia inteira de transiberiano, fazendo apresentações em todas as cidades por onde passassem.
É numa dessas apresentações que conhece Hilal. Uma jovem música, com grande sucesso no país que se recusa a arredar pé de perto daquele que, aparentemente era o seu ídolo
No entanto, Hilal revela-se muito mais do que isso, no momento em que os olhos de Paulo Coelho se cruzam com os dela, num ponto que, pela sua energia, permite que duas almas gémeas se reconheçam de uma vida passada. Este ponto designa-se “Aleph”.
Coelho reconhece Hilal, como a 5ª mulher das oito que numa vida passada havia condenado à morte na fogueira, pois eram acusadas de bruxaria e devoção ao demónio.
O livro trata de um dom que o autor afirma ter e que, já tinha falado num dos seus primeiros e maiores sucessos: “Brida”.
Em Brida, o autor faz a mesma regressão ao passado mas, segundo aquilo que interpreto da sua carreira, esconde-se atrás de uma personagem para falar aos leitores do seu Dom de regredir a vidas passadas, dom esse que acaba por admitir em O Aleph.
Brida é uma jovem estudante que, sentindo a mesma necessidade que o autor sentiu em Aleph, procura um mestre que vive isolado no meio da floresta, para lhe explicar o sentido da vida através da magia.
Porém, a primeira lição deste não foi nem um pouco clara, pois o homem apenas lhe fala da Tradição da Lua e da Tradição do Sol, deixando-a de seguida sozinha numa floresta escura. Atitude que posteriormente Brida consegue compreender.
Numa das suas muitas visitas a uma livraria especializada em livros de magia negra e bruxaria, que Brida consultava várias vezes mas nunca comprava nada pelo preço demasiado alto das obras, o livreiro indica-lhe o nome de uma mulher (Wicca) que a ajudará a iniciar-se no mundo da bruxaria, meio que a levará a encontrar-se com ela própria numa vida passada.
Estas são duas obras do autor cujas linhas rondam o mesmo tema, com a diferença de que um deles é um relato despido de preconceito em que o autor assume a sua capacidade de regressar a vidas passadas, enquanto que o outro fala da mesma maneira em reencarnação e reencontro de almas gémeas mas numa história rodeada pela ficção.
Duas obras magníficas, que nos levam a viajar por mundos impossíveis (ou não) de encontrar no nosso dia-a-dia.
Aconselho vivamente.
Boas Leituras.
Beijos, abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
quarta-feira, 1 de junho de 2011
O meu novo Projecto em co-autoria.
A Editora disse sobre “Contos Nos Is”:
A antologia Contos Nos Is insere-se num projecto lançado no ano de 2011 de modo a restaurar ao actual panorama editorial português uma tradição um pouco esquecida: A tradição do conto.
Neste sentido foi criada esta antologia de contos de tema livre, constituída por originais de vários autores.
Dos muitos trabalhos recolhidos, foram escolhidos os que, após longa consideração, nos demonstraram deter traços, temas e estilos de escrita diferentes, de modo a contribuir para o sucesso deste projecto.
Assim, dos inúmeros trabalhos recolhidos, decidimos apostar nos seguintes:
1 - O Senhor do Medo, 2 - A Princesa Luzinha e o Lobo Farrão, 3 - Um Sonho Dentro do Sonho, 4 - Presporrência Abortada, 5 - Campos de Alfazema, 6 - Eleição, 7 - A Fronteira ou o Limite, 8 - A Felicidade de Lacan, 9 - Rajada, 10 - O Último Livro, 11 - O Menino Musungo, 12 - A História do Coelhinho com Um Olho de Cada Cor, 13 - As Três Sementes, 14 - Vitriol, 15 - Regresso de Uma Árvore, 16 - O Segredo de Jasmim, 17 - Recomeçar, 18 - Uma Fábula Moderna, 19 - O Gato e as Botas, 20 - Linhas Cruzadas, 21 - Está Louca – Disse Ele, 22 - Meu Nome? Adão!, 23 - Os Cactos, 24 - Memórias de Angola, 25 - Viagem, 26 - Bom Dia Sôtora, 27 - Uma Estranha Visita de Estudo, 28 - Uma Aventura Sobre Rodas, 29 - O Fim do Mundo, 30 - Um Conto de Amor, 31 - Memórias de Infância, 32 – A Diva Sem Sobrancelhas.
Por mim:
Este é um livro para toda a família, uma vez que reúne três géneros de contos: Contos Infantis, Contos Juvenis e Contos para Adultos, com a mesma ordem que está descrita.
Eu serei co-autor com o conto erótico: MEU NOME? ADÃO!, onde contei uma outra versão da história Biblica Adão e Eva. Trata-se de uma inversão da história que embora não tenhamos perceção, acontece todos os dias nos dias de hoje. Não precisamos morder o fruto do pecado, pois esse já todos conhecemos, mas precisamos morder o fruto do puro sentimento que cada vez mais está esquecido.
O Lançamento deste novo projecto que me orgulho de participar está marcado para Julho (O dia Brevemente) e estará à venda nos seguintes locais:
Bertrand on-line; Fnac on-line; Wook on-line; Loja on-line das Edições Ecopy; Livrarias do Grupo Coimbra Editora (por todo o país); Lojas das Edições Ecopy; Livraria Portugal (Lisboa); Livraria Centésima Página (Braga); Livraria Leitura (Porto); Livraria Adrião (Cabeceiras de Bastos); Livraria Esperança (Funchal); Casa Véritas da Guarda Editora (Guarda).
O preço de venda ao público é de 15 euros.
Brevemente postarei mais novidades.
Boas Leituras
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
domingo, 29 de maio de 2011
O Mago
Apresento-vos um dos senhores, cuja obra me dá um enorme prazer acompanhar.
Paulo Coelho foi dos primeiros escritores que li. “Verónica decide Morrer”, prendeu-me desde a primeira até à última página e impulsionou a minha leitura de toda a obra do escritor. Em breve falarei de todos os seus livros.
Hoje, porém, apresento-vos a sua biografia da autoria de Fernando Morais, considerado um dos mais notáveis biógrafos brasileiros, intitulada: “O MAGO”.
O Mago conta a incrível história de Paulo Coelho, desde o seu nascimento, até aos dias actuais.
Em 1947, o mundo viu nascer o menino que hoje é conhecido pelo sucesso da sua obra, consagrando-se um dos maiores escritores do mundo. Seria certamente um dia feliz, não fosse o pequeno contratempo de o pequeno/grande Paulo Coelho ter nascido morto.
Cresceu dominado pelo preconceito, pois era um menino feio, magro, frágil e asmático, que constantemente era sovado na escola. A falta de auto-estima resultante da sua falta de brilho, leva Paulo Coelho a passar toda a adolescência mergulhado no maior fracasso com as mulheres, chegando até à idade adulta com apenas uma relação sexual.
O insucesso escolar foi também um ponto fulcral na vida do autor, uma vez que o desinteresse que mostrava pelos estudos obrigaram seus pais, Lygia e Pedro Coelho, um senhora com enorme devoção por Deus e um Engenheiro ambicioso e orgulhoso pela profissão, a mudá-lo de colégio inúmeras vezes, vendo assim, cair por terra o sonho de ver o filho formado num dos melhores estabelecimentos de ensino do Brasil (Santo Inácio) e terminar numa das piores escolas que aprovava os alunos em troca de um pagamento regular dos pais.
A biografia conta ainda que Paulo Coelho se desinteressou completamente por tudo, e que pensava apenas em realizar o seu sonho pessoal: Ser um escritor famoso e respeitado em todo o mundo.
Até aos seus quarenta anos, o sonho do escritor parecia impossível de ser realizado, pois para além perder todos os concursos literários em que se inscreveu, a crítica ao que escrevia não era muito positiva.
O ponto mais polémico da biografia da estrela literária, diz respeito à sexualidade do escritor, uma vez que Fernando Morais conta que Coelho experimentou várias formas de sexo, inclusive relações homossexuais, estando em contacto com homens por três vezes, só conseguindo satisfazer o seu desejo de saber o que era ter relações com pessoas do mesmo sexo na última relação, acabando por concluir que não era aquele o seu caminho. Outro ponto polémico da sexualidade do escritor foi a relação que teve com uma das muitas namoradas que conseguiu ter depois de adulto, em frente à tia muda e paralítica da rapariga.
Paulo Coelho foi bígamo, partilhando um mesmo casamento com duas mulheres e mais um homem.
Foi internado num hospício por três vezes pelo seu pai entre os 15 e os 17 anos, deixou de acreditar em Deus, passando pregar pelo satanismo e envolvendo-se com seitas de magias negras, vindo mais tarde a recuperar a fé em Deus.
Mergulhou no mundo da droga, o qual também resolveu deixar e foi hippy durante um longo período da sua vida.
Chegou a conquistar importantes cargos na Philips do Brasil e revolucionou o panorama do rock Brasileiro, sendo compositor de Raul Seixas, Rita Lee, entre muitos outros, abandonando tudo pelo seu único objectivo: Ser um escritor famoso.
Para mim, a história de vida de Paulo Coelho, é das mais empolgantes que já li.
Parabéns a este senhor.
Boas Leituras
Beijos, Abraços e Muitos Palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Um mês depois.
Bom dia people!
Visto que tenho estado um pouco afastado daqui, vim fazer hoje um ponto da situação.
Faz hoje um mês que saiu para o mundo o meu primeiro romance, Mulheres Coragem.
A aceitação por parte do público tem sido muito boa e as críticas também têm sido muito positivas. Está a ser uma experiência maravilhosa. Nem voçês imaginam o quanto.
Como não tive oportunidade de vos contar como correu a apresentação na Fnac do Vasco da Gama, aqui deixo o balanço positivo do evento e prometo que mais à frente conto tudo mais pormenorizadamente. Neste momento estou a avançar com outros projectos e não quero desviar a minha criatividade para outros temas. Prometo que terão mais novidades em breve, tanto do Mulheres Coragem, como dos outros projectos que estou a preparar.
Quanto às pessoas que me têm abordado na rua para me dar os parabéns, quero deixar aqui os meus mais sinceros agradecimentos.
Quanto às pessoas que me tem perguntado como consigo escrever, uma vez que também elas gostavam de publicar os seus livros, eu apenas posso dar umas dicas, visto que não sou propriamente o escritor mais maduro de todos os tempos.
Em primeiro lugar, não se esqueçam que se não lerem com regularidade, não adianta tentar escrever, pois nunca conseguirão dar continuidade a uma história pretendida e se conseguirem, o miolo da obra vai ter muitas deficiências na estrutura. Portanto, o primeiro passo é ler, ler e ler. Para terem uma noção, eu leio no mínimo seis livros por mês. Pequenos ou grandes, rápidos ou não. São pelo menos 6.
No próximo post, vou apresentar-vos um dos meus principais professores, suas obras e sua vida.
A única forma que tenho de partilhar com vocês a minha pouca experiência na literatura é mostrar-vos o caminho que tenho vindo a percorrer, desde a leitura até à escrita. Talvez se conseguirem seguir os mesmos passos, ganhem capacidade de arrancar no mundo da escrita criativa.
Boas leituras a todos.
Beijos, abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
Visto que tenho estado um pouco afastado daqui, vim fazer hoje um ponto da situação.
Faz hoje um mês que saiu para o mundo o meu primeiro romance, Mulheres Coragem.
A aceitação por parte do público tem sido muito boa e as críticas também têm sido muito positivas. Está a ser uma experiência maravilhosa. Nem voçês imaginam o quanto.
Como não tive oportunidade de vos contar como correu a apresentação na Fnac do Vasco da Gama, aqui deixo o balanço positivo do evento e prometo que mais à frente conto tudo mais pormenorizadamente. Neste momento estou a avançar com outros projectos e não quero desviar a minha criatividade para outros temas. Prometo que terão mais novidades em breve, tanto do Mulheres Coragem, como dos outros projectos que estou a preparar.
Quanto às pessoas que me têm abordado na rua para me dar os parabéns, quero deixar aqui os meus mais sinceros agradecimentos.
Quanto às pessoas que me tem perguntado como consigo escrever, uma vez que também elas gostavam de publicar os seus livros, eu apenas posso dar umas dicas, visto que não sou propriamente o escritor mais maduro de todos os tempos.
Em primeiro lugar, não se esqueçam que se não lerem com regularidade, não adianta tentar escrever, pois nunca conseguirão dar continuidade a uma história pretendida e se conseguirem, o miolo da obra vai ter muitas deficiências na estrutura. Portanto, o primeiro passo é ler, ler e ler. Para terem uma noção, eu leio no mínimo seis livros por mês. Pequenos ou grandes, rápidos ou não. São pelo menos 6.
No próximo post, vou apresentar-vos um dos meus principais professores, suas obras e sua vida.
A única forma que tenho de partilhar com vocês a minha pouca experiência na literatura é mostrar-vos o caminho que tenho vindo a percorrer, desde a leitura até à escrita. Talvez se conseguirem seguir os mesmos passos, ganhem capacidade de arrancar no mundo da escrita criativa.
Boas leituras a todos.
Beijos, abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Fazia-nos falta um Songoku: Ignorância Vs Sabedoria; Maldade Vs Inocência - Parte II
No meu ponto de vista, a interpretação feita daquela série é totalmente baseada na estúpida mania que as pessoas têm de tirar ideias preconcebidas das coisas ou de julgarem as coisas pelo que aparentam ser à primeira vista, sem sequer se preocuparem em ver ser há algo por trás da imagem aparente. E tudo requer uma avaliação obviamente cuidada.
Songoku, espantadíssimo com o seu tom de voz bastante característico (que me dá imensa piada) olha para o lado e pergunta, depois de Kika lhe revelar que ele lhe prometera há muitos anos que se uniriam no altar:
- Krilin, o que é isto de nos unirmos no altar?
Todos os outros caem para o lado.
- Imbecil, unires-te com uma mulher no altar quer dizer casares-te com ela e teres filhos dela e viveres com ela até que a morte os separe.
- Eu prometi isso? Ter filhos? E viver Juntos até que a morte nos separe? Ora essa, mas eu nem sei quem tu és. Podes dizer-me o teu nome? – Pergunta o Songoku.
Ao que a senhora responde: Chamo-me Kika.
É então que Songoku se lembra de ter feito a promessa, quando ainda criancinha, pois numa tarde levava Kika a passear na sua nuvem mágica e toca-lhe com o pezinho na Xôxa.
- Tidhidhidhidhêdhê…
- Oh, nunca mais me toques ouviste?
- Eu sabia que não eras como eu, caso contrário terias gritado…
- Agora que fizeste isso teremos que nos unir no altar.
- Ah sim? E o que me dás em troca? – Pergunta Songoku.
Só ali é que Songoku lhe explica que não sabia o que significava a expressão e que pensava que em troca de se unir no altar ela lhe oferecia um bolo. (Nada mau am Kika? Um bolinho e já vais com sorte).
Bem, como honrado que é (o que hoje em dia há pouco ou nada) o inocente homem resolve cumprir a sua promessa (mesmo sabendo que prometera desconhecendo o significado), pois nunca faltara com a sua palavra.
Ora aqui está uma gigantesca prova de inocência e pureza. Se nos guiássemos pela a cena que acabei de transcrever, poderíamos muitas vezes interpretar a serie com uma lição para as crianças, pois não teriam certamente a maldade de falar dos defeitos dos amigos cada vez que algum abandonasse a mesa do bar que ocupavam, e dizer aos filhinhos: “Vês filho, o songoku nunca falaria mal dos outros, pois ele é puro…” - Boa?
Outra coisa que me impressiona é o facto de dizerem que é muito violento. É violento, pois mais uma vez estamos a olhar para a primeira aparência. Poderá ser muito mais que isso. Para mim, aquilo chama-se destreza na luta, perfeição, ou domínio de uma técnica ou ofício.
Se não reparem bem, o Songoku não sabe o que é o casamento, mas luta maravilhosamente. Certamente uma coisa completa a outra, pois para dominar tão bem, as técnicas das artes marciais, não pode prestar atenção à vida dos outros ou à vida em geral e concentra-se unicamente em aprender a lutar que é o que lhe interessa. (Depois o coitado passa barracas daquelas de ser pedido em casamento, no meio de um torneio de artes marciais e nem sequer sabia o que era casamento. Eu acho que atafulhava a cara num balde de bosta. Mas isso é outra história).
Conclusão, se todos o gaiatos naquela mesa, dominassem um assunto que lhes interessasse, já não sentiam necessidade de falar mal dos amiguinhos por falta de assunto. Um falava de arroz e o outro falava de loiças de sanitas, por exemplo. E assim as mamãs poderiam dizer: “Tens que saber tanto de qualquer coisa como o Songoku, para depois falares com os teus amigos”.
E assim já tínhamos os dois problemas que vos valei no início deste texto resolvidos:
- A falta de assunto/cultura das pessoas, que passam o tempo a fazer nada e a preocupar-se com o que não devem em vez de se tentarem cultivar/informar. (Songoku não se preocupa com nada a não ser aprender artes marciais, logo sabe falar delas).
- A maldade das pessoas, que como não tem assunto, fazem nada mais nada menos que aquilo que os acima citados fizeram. Sentem necessidade de enxovalhar o próximo. Neste caso, os amigos. (Songoku não falaria mal dos amigos pois não tem maldade, é puro).
Agora esta parte dos amigos deu-me outro clic.
Está claro que irei postar uma continuação deste texto. “Fazia-nos falta um Songoku -A (In)Amizade .”
Beijos, Abraços e muitos Palhaços.
Por Miguel Brito de Oliveira
Songoku, espantadíssimo com o seu tom de voz bastante característico (que me dá imensa piada) olha para o lado e pergunta, depois de Kika lhe revelar que ele lhe prometera há muitos anos que se uniriam no altar:
- Krilin, o que é isto de nos unirmos no altar?
Todos os outros caem para o lado.
- Imbecil, unires-te com uma mulher no altar quer dizer casares-te com ela e teres filhos dela e viveres com ela até que a morte os separe.
- Eu prometi isso? Ter filhos? E viver Juntos até que a morte nos separe? Ora essa, mas eu nem sei quem tu és. Podes dizer-me o teu nome? – Pergunta o Songoku.
Ao que a senhora responde: Chamo-me Kika.
É então que Songoku se lembra de ter feito a promessa, quando ainda criancinha, pois numa tarde levava Kika a passear na sua nuvem mágica e toca-lhe com o pezinho na Xôxa.
- Tidhidhidhidhêdhê…
- Oh, nunca mais me toques ouviste?
- Eu sabia que não eras como eu, caso contrário terias gritado…
- Agora que fizeste isso teremos que nos unir no altar.
- Ah sim? E o que me dás em troca? – Pergunta Songoku.
Só ali é que Songoku lhe explica que não sabia o que significava a expressão e que pensava que em troca de se unir no altar ela lhe oferecia um bolo. (Nada mau am Kika? Um bolinho e já vais com sorte).
Bem, como honrado que é (o que hoje em dia há pouco ou nada) o inocente homem resolve cumprir a sua promessa (mesmo sabendo que prometera desconhecendo o significado), pois nunca faltara com a sua palavra.
Ora aqui está uma gigantesca prova de inocência e pureza. Se nos guiássemos pela a cena que acabei de transcrever, poderíamos muitas vezes interpretar a serie com uma lição para as crianças, pois não teriam certamente a maldade de falar dos defeitos dos amigos cada vez que algum abandonasse a mesa do bar que ocupavam, e dizer aos filhinhos: “Vês filho, o songoku nunca falaria mal dos outros, pois ele é puro…” - Boa?
Outra coisa que me impressiona é o facto de dizerem que é muito violento. É violento, pois mais uma vez estamos a olhar para a primeira aparência. Poderá ser muito mais que isso. Para mim, aquilo chama-se destreza na luta, perfeição, ou domínio de uma técnica ou ofício.
Se não reparem bem, o Songoku não sabe o que é o casamento, mas luta maravilhosamente. Certamente uma coisa completa a outra, pois para dominar tão bem, as técnicas das artes marciais, não pode prestar atenção à vida dos outros ou à vida em geral e concentra-se unicamente em aprender a lutar que é o que lhe interessa. (Depois o coitado passa barracas daquelas de ser pedido em casamento, no meio de um torneio de artes marciais e nem sequer sabia o que era casamento. Eu acho que atafulhava a cara num balde de bosta. Mas isso é outra história).
Conclusão, se todos o gaiatos naquela mesa, dominassem um assunto que lhes interessasse, já não sentiam necessidade de falar mal dos amiguinhos por falta de assunto. Um falava de arroz e o outro falava de loiças de sanitas, por exemplo. E assim as mamãs poderiam dizer: “Tens que saber tanto de qualquer coisa como o Songoku, para depois falares com os teus amigos”.
E assim já tínhamos os dois problemas que vos valei no início deste texto resolvidos:
- A falta de assunto/cultura das pessoas, que passam o tempo a fazer nada e a preocupar-se com o que não devem em vez de se tentarem cultivar/informar. (Songoku não se preocupa com nada a não ser aprender artes marciais, logo sabe falar delas).
- A maldade das pessoas, que como não tem assunto, fazem nada mais nada menos que aquilo que os acima citados fizeram. Sentem necessidade de enxovalhar o próximo. Neste caso, os amigos. (Songoku não falaria mal dos amigos pois não tem maldade, é puro).
Agora esta parte dos amigos deu-me outro clic.
Está claro que irei postar uma continuação deste texto. “Fazia-nos falta um Songoku -A (In)Amizade .”
Beijos, Abraços e muitos Palhaços.
Por Miguel Brito de Oliveira
terça-feira, 3 de maio de 2011
Fazia-nos falta um Songoku: Ignorância Vs Sabedoria; Maldade Vs Inocência. - Parte I
Muitas são a situações em que sinto pena das pessoas. Sim, foi precisamente isso que vocês leram. E dizem vocês, logo no início do post: Oh Miguel, isto lá são maneira de se começar a dissertar?
É rude, mas passo a explicar. Para quem não sabe, eu sou fanático pelo Dragon Ball, Dragon Ball Z e Dragon Ball GT. Não perco um episódio e já vi as series mais que uma vez. Sinceramente, não compreendo a implicância das mães com aquela série e digo mais, para mim, a maneira como os papás atentos interpretam a mensagem que os episódios nos transmitem, partem da cultura de cada um. Não stressem, eu explico o meu raciocínio mais à frente.
Como ia dizer, estava eu há poucos dias a ver, salvo erro, o episódio 126, quando faço uma interpretação daquela cena, completamente alucinante. Aliás, alucinante é pouco. Senti uma tremenda necessidade de defender a ideia de que o grande problema que temos na nossa sociedade é a falta de um ou mais Songokus. Calma que não quero ver tudo à batatada e a fazer o Kamêhamê. O objectivo é outro.
E porque digo eu isto? Porque há uns dias atrás, mais propriamente num dia de fim-de-semana, senti-me de veras incomodado, com a falta de beleza da sociedade. É que quanto mais vivo, mas acho as pessoas foleiras à força toda. Muitas vezes pensei em abrir uma loja de produtos de beleza para ver ser conseguia disfarçar a falta de beleza que a nossa sociedade tem hoje, mas cheguei à conclusão que era um bocadinho de nada “panilhas”. Continuando. Estava eu num bar à noite (cada vez me convenço mais que é melhor deixar a vida noturna), encostado ou semi-sentado, como preferirem, de costas, claro, para as pessoas que ali estavam sentadas, que não enxergavam que àquela hora da noite, as mesas já deveriam estar encostadas à parede, pois a hora do café já havia passado há muito e as pessoas já se estavam a sentir sufocadas (de tal maneira que me tive que sentar na mesa, de modo a permitir que as pessoas que estavam à minha frente passassem), tamanho era o estorvo que as mesas ali estavam a provocar, dado ao espaço, um tanto ou quanto reduzido do bar. Mas não foi isso que me incomodou. Sabem que o pilinhas é um tipo de costas largas. Mais largas do que a mísera largura daquele bar.
O problema daquela situação, foi que, raparei, na conversa das/os ocupantes da mesa. Peço desculpa por ter o ouvido apurado de mais ou peçam-se desculpa a vocês próprios por não ter um tom de voz absolutamente nada controlado.
Acontece que, à medida que algum elemento se levantava daquela mesa (não percebi como é que estavam a aguentar tanto tempo com a quantidade de vezes que os brindei com os meus gases lacrimogéneos, numa tentativa desesperada de os fazer perceber que era melhor levantarem-se. Devia pairar um fedor no ar daquela mesa que nem vos conto nada), era fortemente apunhalado com conversas completamente desnecessárias. Mas, reparem bem, que quando eu digo “à medida que algum elemento se levantava daquela mesa” eu estou a referir-me a todos eles à excepção dos últimos dois.
Estes dois tiveram a sorte de me fazer passar da rosca e levar com um descarado peido, com direito a buzina e tudo. Garanto-vos que perceberam o recado. Levantaram-se da mesa e foram-se. Ou muito me engano, ou o último pronunciou a junção de palavras “Mal-educado” quando passou por mim, o que me deixou de veras a bater naquele assunto.
Ora digam-me cá, eu levo uma noite inteira a ouvir uma quantidade de marmanjos que nem cara tinham ainda para levar um tabefe a dizer mal dos amigos que se levantavam e, deixem-me ver se percebi, o mal-educado sou eu porque os tentei fazer enxergar-se? Tenham a santa paciência, mas levaram com a meia dúzia de peidos que é para irem falar mal das suas santas tias.
Agora vejam se acompanham o meu raciocínio. É precisamente isto que se passa na nossa sociedade e muitas vezes nós não nos damos conta. Por um lado está a falta de assunto/cultura das pessoas, que passam o tempo a fazer nada e a preocupar-se com o que não devem em vez de se tentarem cultivar/informar. Depois acontece que, chegam aos bares, café e outros locais de convívio social e não tem assunto para debater. Por outro lado, está a maldade das pessoas, que como não tem assunto, fazem nada mais nada menos que aquilo que os acima citados fizeram. Sentem necessidade de enxovalhar o próximo. Neste caso, os amigos. (Ou não). – Esta parte mostra claramente que a falta de beleza das pessoas não está na imagem, mas na podridão que carregam. Enfim, talvez seja melhor trocar a loja de cosméticos por um laboratório de fármacos anti-ignorância. Se calar até que dava dinheiro.
Tendo em conta a idade que aquelas criaturas aparentavam (deviam ter cerca de 16 aninhos), o que sinceramente não é desculpa pois, se são assim agora alguém tem que mudar-lhes a maneira de pensar (o que a maior parte das vezes não acontece), para não virem a tornar-se pessoas com alto défice de formação cívica e alto teor de ignorância, a culpa parte inteiramente das famílias. (Mais uma prova de que também os adultos são assim, pois as crianças seguem os exemplos que tem em casa).
Ora depois, escuto eu cenas, que me apetece unicamente atirar-me de cachola ao meu interlocutor e arrepelar-lhe a zona púbica de forma a deixar esta gente sem nem um pintelho. E refiro-me a quê? Alguns dias antes desta situação que aqui descrevi, tive a oportunidade de falar com a progenitora de um dos gaiatos que estavam ao redor daquela mesa. A dita senhora, queixava-se profundamente que tinha receio que os seus filhos mais novos vissem o Dragon Ball, pois era demasiadamente violento. Meus amigos, é a isto que eu chamo de falta de cultura ou profunda ignorância. No meu ponto de vista, a interpretação feita daquela série é totalmente baseada na estúpida mania que as pessoas têm de tirar ideias preconcebidas das coisas ou de julgarem as coisas pelo que aparentam ser à primeira vista, sem sequer se preocuparem em ver ser há algo por trás da imagem aparente. E tudo requer uma avaliação obviamente cuidada.
(Ainda esta semana vou postar a II Parte)
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços
Por: Miguel Brito de Oliveira
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Lançamento Mulheres Coragem - Parte II
A apresentação da obra começou com o discurso da jornalista Madalena Palma. São escusadas apresentações, pois a senhora fez furor entre os presentes (que não eram poucos). Ora a pedido de muitas famílias, aqui está o discurso que tanta gente deixou de lágrima no olho:
Boa tarde, antes de mais obrigada a todos por estarem aqui a acompanhar esta apresentação.
Prometo ser breve.
Estava à mesa do café, com os amigos que aqui hoje me acompanham e recebo um telefonema d Miguel, que numa linguagem muito própria dele me disse “Escrevi um livro e tens de ser tu a apresentá-lo”. Depois de alguns segundos a tentar recompor-me, sim porque se o Miguel me dissesse que ia fazer uma viagem à boleia pela Europa ou que ia abrir um restaurante de comida do Tibete, eu não acharia tão inesperado, aceitei.
Um acto de coragem. Aceitar um livro sem antes o ler. Mas era o Miguel.
Lembro-me de quando o conheci. O Miguel procurava um estágio na rádio onde eu trabalhava. Foi lá imensas vezes. Sem o conhecer, mas observando a sua persistência, e vendo que no brilho dos olhos trazia sonhos que não cabem num só ser humano disse-lhe “Não desistas”. Não desistiu e entrou.Aquela casa, enquanto ele lá esteve, nunca mais foi a mesma. As suas gargalhadas faziam oscilar ainda mais aquele prédio de onze andares.
E pronto, já chega de lamechices e vamos falar do livro e da sua personagem: a Rita.
“Pela primeira vez olhou para si com atenção. Foi a primeira vez que reparou que tinha alma dentro do corpo, que tinha um coração a bater-lhe no peito. Foi a primeira vez que vio a mulher linda que se tinha tornado. A pele morena arrepiada e o cabelo caído pelos ombros dava-lhe um toque sensual. A maquilhagens em tons leves de roxo davam-lhe um ar devastador. Os 16 anos de idade davam-lhe um ar súbtil. Percebeu que não precisava fazer grande esforço para cumprir estas duas regras fundamentais. Emocionou-se por se encontrar com toda a beleza feminina que tinha nascido em si. Nunca tinha tomado consciência, nos tempos de aldeia de como era bonita. Percebeu-se parecida com a mãe.” – In Mulheres Coragem, 2011.
A Rita cortou o cordão umbilical e partiu. Tudo o que fez foi com o único objectivo de cumprir o último desejo do pai. Foi mulher de uma coragem atroz e de uma perseverança que a levou a percorrer o desconhecido e a abandonar-se, ao ponto de deixar sempre para último o seu bem estar. Com ela cruzaram-se homens e mulheres que lhe criaram ainda mais dificuldades ou que a impulsionaram a cumprir o seu objectivo.
Ao longo da história, a Rita cresceu, amadureceu. A dada altura, é impressionante o peso que a sua personagem nos transmite. A angústia é amenizada com as paisagens e os cheiros de África que o Miguel tão bem descreve.
Esta não é uma história de amor e carregada de lugares comuns em que ao longo do livro nos prendemos a este ciclo vicioso na espera de um final feliz. Apaixonamo-nos, sim, é pela sua luta e determinação.
A Rita sim, é uma mulher de coragem como muitas outras que compõem a história.
Mas a coragem não é uma característica unicamente feminina.
A coragem é um forte desejo de viver e é isso qe caracteriza o ser humano.
Miguel, que seja com mais actos de coragem como este que continues a pautar a tua vida.
Madalena Palma, 23 de Abril de 2011
E eu agradeço à Madalena do fundo do coração, pois sei o exemplo de Mulher Coragem que ela é, mas como sou egoísta não vos vou contar o porquê.
A apresentação seguiu-se com a apresentação do livro do 1º Sargento José Carlos Baião. Infelizmente a nossa redacção não teve acesso ao documento, mas posso garantir-vos que defendeu muito bem o livro cuja co-apresentação estava a seu cargo.
E seguidamente fui eu. Pois está claro. Bem palavras para quê? Mais sabem voçês que eu sou sempre aquela base. Formalismos, poucos, descontração com fartura, sorrisos e gargalhadas e ainda umas quantas lágrimas à mistura. E foram momentos como este que marcaram o lançamento do meu primeiro romance. Só voz digo que valeu muito a pena, e que o Mulheres Coragem está a dar muitos frutos pelo país fora. Em Julho próximo tenho mais novidades. Obrigado a todos e não percam o próximo post deste blog.
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
Boa tarde, antes de mais obrigada a todos por estarem aqui a acompanhar esta apresentação.
Prometo ser breve.
Estava à mesa do café, com os amigos que aqui hoje me acompanham e recebo um telefonema d Miguel, que numa linguagem muito própria dele me disse “Escrevi um livro e tens de ser tu a apresentá-lo”. Depois de alguns segundos a tentar recompor-me, sim porque se o Miguel me dissesse que ia fazer uma viagem à boleia pela Europa ou que ia abrir um restaurante de comida do Tibete, eu não acharia tão inesperado, aceitei.
Um acto de coragem. Aceitar um livro sem antes o ler. Mas era o Miguel.
Lembro-me de quando o conheci. O Miguel procurava um estágio na rádio onde eu trabalhava. Foi lá imensas vezes. Sem o conhecer, mas observando a sua persistência, e vendo que no brilho dos olhos trazia sonhos que não cabem num só ser humano disse-lhe “Não desistas”. Não desistiu e entrou.Aquela casa, enquanto ele lá esteve, nunca mais foi a mesma. As suas gargalhadas faziam oscilar ainda mais aquele prédio de onze andares.
E pronto, já chega de lamechices e vamos falar do livro e da sua personagem: a Rita.
“Pela primeira vez olhou para si com atenção. Foi a primeira vez que reparou que tinha alma dentro do corpo, que tinha um coração a bater-lhe no peito. Foi a primeira vez que vio a mulher linda que se tinha tornado. A pele morena arrepiada e o cabelo caído pelos ombros dava-lhe um toque sensual. A maquilhagens em tons leves de roxo davam-lhe um ar devastador. Os 16 anos de idade davam-lhe um ar súbtil. Percebeu que não precisava fazer grande esforço para cumprir estas duas regras fundamentais. Emocionou-se por se encontrar com toda a beleza feminina que tinha nascido em si. Nunca tinha tomado consciência, nos tempos de aldeia de como era bonita. Percebeu-se parecida com a mãe.” – In Mulheres Coragem, 2011.
A Rita cortou o cordão umbilical e partiu. Tudo o que fez foi com o único objectivo de cumprir o último desejo do pai. Foi mulher de uma coragem atroz e de uma perseverança que a levou a percorrer o desconhecido e a abandonar-se, ao ponto de deixar sempre para último o seu bem estar. Com ela cruzaram-se homens e mulheres que lhe criaram ainda mais dificuldades ou que a impulsionaram a cumprir o seu objectivo.
Ao longo da história, a Rita cresceu, amadureceu. A dada altura, é impressionante o peso que a sua personagem nos transmite. A angústia é amenizada com as paisagens e os cheiros de África que o Miguel tão bem descreve.
Esta não é uma história de amor e carregada de lugares comuns em que ao longo do livro nos prendemos a este ciclo vicioso na espera de um final feliz. Apaixonamo-nos, sim, é pela sua luta e determinação.
A Rita sim, é uma mulher de coragem como muitas outras que compõem a história.
Mas a coragem não é uma característica unicamente feminina.
A coragem é um forte desejo de viver e é isso qe caracteriza o ser humano.
Miguel, que seja com mais actos de coragem como este que continues a pautar a tua vida.
Madalena Palma, 23 de Abril de 2011
E eu agradeço à Madalena do fundo do coração, pois sei o exemplo de Mulher Coragem que ela é, mas como sou egoísta não vos vou contar o porquê.
A apresentação seguiu-se com a apresentação do livro do 1º Sargento José Carlos Baião. Infelizmente a nossa redacção não teve acesso ao documento, mas posso garantir-vos que defendeu muito bem o livro cuja co-apresentação estava a seu cargo.
E seguidamente fui eu. Pois está claro. Bem palavras para quê? Mais sabem voçês que eu sou sempre aquela base. Formalismos, poucos, descontração com fartura, sorrisos e gargalhadas e ainda umas quantas lágrimas à mistura. E foram momentos como este que marcaram o lançamento do meu primeiro romance. Só voz digo que valeu muito a pena, e que o Mulheres Coragem está a dar muitos frutos pelo país fora. Em Julho próximo tenho mais novidades. Obrigado a todos e não percam o próximo post deste blog.
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Lançamento Mulheres Coragem - Parte I
Bem pessoal, acho que estou em divida para com vocês, pois prometi que vos contava como correu o lançamento e falhei. Peço desculpa, mas sou verdadeiramente alérgico à Primavera. Se ranho e macacos em excesso valessem dinheiro garanto que não editava mais um livro e montava um hotel rural no meio dos pólenes e fenos do campo. Já agora, perdoem-me também qualquer eventual erro ortográfico que possa surgir ao longo do texto, mas tenho os olhos da cor de dois tomates. Neste momento mais pareço um peixe de aquário com os olhos salientes a abrir e fechar a boca para oxigenar (tenho uma espécie de asma alérgica).
Então aqui vai. Como era de esperar, acordei bem cedo no dia 23, sábado passado, no intuito de finalizar os últimos preparativos para o lançamento, que ainda eram alguns, pois a responsabilidade do escritor permite ter a fascinante proeza de deixar tudo para a última hora, lavar as cagaitas e vestir alguma coisa decente para receber os convidados. Levantei-me da cama e dirigi-me de imediato à casa de banho para proceder à mijadela matinal. Mas é que não sei o que se passou, senti naquela manhã uma vontade tremenda de urinar, como não é normal.
Saí do quarto aos encontrões com as ombreiras das portas, espetei com o dedo mindinho do pé na mesa redonda que minha excelentíssima avó tem na cozinha (larguei um grosso palavrão, desnecessário para aqui) e, para facilitar ainda mais as coisas, continuei o caminho a coxear.
Ora, besta como sou, cheguei à casa de banho, arriei as calças do pijama às três pancadas, saquei do cogumelo e…felizmente ainda olhei para baixo, porque a tampa da sanita ainda continuava fechada. Tanta coisa, para no fim me saírem três pingas. Enfim, é o que se arranja.
Assim que acabei o serviço, virei-me de costas para a sanita para lavar a cara, (sim, porque embora não pareça eu também me lavo) e quando olhei ao espelho, só não chorei porque tive vergonha. Só lá estava eu, mas tímido como sou (às vezes), até o meu reflexo no espelho e intimida. Tinha o lado esquerdo da cara completamente abrasado. Calma, eu explico.
Cerca de três dias antes do dia do lançamento apareceu-me uma borbulha ordinária no lado esquerdo do nariz e como eu sou um gajo sortudo, a dita cuja não só fez questão de se instalar na minha face, como se deu ao luxo de crescer que nem um javali. Bom, confesso que esperei que passa-se. Durante os três dias seguintes embodeguei a cara com tudo e mais alguma coisa. Acho que até malagueta eu esfreguei ali. Mas a senhora estava decidida em ficar e ficou porque ela quis. No entanto meus amigos, deixem que vos diga uma coisa, há coincidências na vida que nem imaginam. Na noite do dia 22 (anterior à do lançamento), entrei em casa e como habitual numa noite pós-copos, a minha mãe estava estamoirada no sofá da sala. Olhei prà a mesa da cozinha e estava um saco, bem enroladinho ao lado da fruteira. Ora educadinho como eu sou, não toquei sem antes perguntar à minha mãe de que se tratava, não fosse a moça ter um fio dental pr’ali escondido e eu a fuçar:
“Mãe, o que isto?”
Ao que a senhora me responde do sofá, com uma voz que parecia ter engolido uma saca de favas:
“Isto o quê?”
“O saco que está encima da mês da cozinha?”
“Ah…Isso é um frasco de gel que a tua avó te comprou para pôr no cabelo.”
“Olha, ainda bem que eu já não tinha.”
Bem, lá tomei banho, vesti-me e fui ao espelho para me pentear. Embodeguei a mão toda daquela porqueira (achei uma bocadinho estranho aquilo ter bolinhas no meio do conteúdo viscoso, uma vez que já usei todas as marcas de gel e nunca tinha visto tal coisa), fechei o frasco e pousei-o na prateleira por baixo do espelho para poder moldar o cabelo. Assim que acabei o penteado, vá lá, calhou olhar para o frasco que dizia: “Clearasil”- Escusado será dizer que mandei mais dez asneiradas das minhas.
Bem, não estava nada perdido. Uma vez que a borbulha do meu nariz insistia em permanecer, aquilo até vinha a calhar. Antes de me deitar, embodeguei a cara toda com aquilo (lembro que eu nunca sofri de acne juvenil, como tal nunca tinha usado aquele produto), e deitei-me. Escusado será dizer que na manhã seguinte, tinha as fuças com pior aspeto que a lixeira municipal. Só depois é que me dei ao trabalho de verificar o modo de uso do produto, que mandava lavar a cara com água morna 5 minutos depois da aplicação.
Pior que aquilo não poderia ficar e achei melhor não lhe tocar mais. Tomei banho e tratei de vestir o pólo novo de manga curta, totalmente inspirado nos dias de sol radiante que antecederam àquele dia. Olhei-o pela derradeira vez ao espelho…era lindo! Branco, com a gola azul e uma tira à “Miss Portugal” no peito em cor-de-rosa. “Ai tão fófi que ele vai hoje.” – Pensei eu.
Bem, estava eu quase recuperado da baixa psicológica que o abrasão da minha cara me causara, quando abro a porta de casa e me deparo com uma grossa trovoada que até fazia o Homem Aranha esconder-se na toca de uma lebre. Mais uma inquietação.
Lá foi o Miguel trocar de roupa para uma camisa de manga comprida, mais russa que as cuecas de gola alta da minha tia.
Pronto, já repararam que cheguei ao lançamento com uma vontade de mandar tudo à merda que foi uma coisa linda. Para ajudar, tentava eu aceder ao meu blog para apresentar no lançamento e a internet estava com 2 GB. Agora dizem vocês: BOA MIKE! - Exacto.
No entanto, o que parecia ser um inferno propositado para me estragar o dia, transformou-se num paraíso sem limites. Eu disse isto no lançamento para toda a gente ouvir e vou publicar aqui. Só eu e os restantes da mesa de honra, tivemos o privilégio de contemplar aquela plateia. Estava simplesmente magnífica. Pessoas amigas e desconhecidas compunham aquele grupo de sorrisos a olhar para mim. Escusado será dizer que me passou logo a inquietação toda. Até dois ou três cromos que não curto nem à base da cacetada e que fizeram questão de me fazer adeus como quem diz - “Estou aqui para te amolar a paciência” - me pareceram mais bonitos que o habitual.
Rapidamente o meu aborrecimento deu lugar a uma mistura de contentamento e excesso de nervos...essa dos nervos ainda hoje estou p’ra perceber como é que aquilo se processou, se eu já tive frente a frente com o mais variado tipo de público e nunca fiquei nervoso. Até a tão temida Ministra da Educação eu entrevistei como se fosse minha colega de turma. Cheguei ali e parecia um bezerro assustado. Não se admite. Prosseguindo…
A apresentação da obra começou com o discurso da jornalista Madalena Palma. São escusadas apresentações, pois a senhora fez furor entre os presentes (que não eram poucos). Ora a pedido de muitas famílias, aqui está o discurso que tanta gente deixou de lágrima no olho:
(Continua na parte II)
Então aqui vai. Como era de esperar, acordei bem cedo no dia 23, sábado passado, no intuito de finalizar os últimos preparativos para o lançamento, que ainda eram alguns, pois a responsabilidade do escritor permite ter a fascinante proeza de deixar tudo para a última hora, lavar as cagaitas e vestir alguma coisa decente para receber os convidados. Levantei-me da cama e dirigi-me de imediato à casa de banho para proceder à mijadela matinal. Mas é que não sei o que se passou, senti naquela manhã uma vontade tremenda de urinar, como não é normal.
Saí do quarto aos encontrões com as ombreiras das portas, espetei com o dedo mindinho do pé na mesa redonda que minha excelentíssima avó tem na cozinha (larguei um grosso palavrão, desnecessário para aqui) e, para facilitar ainda mais as coisas, continuei o caminho a coxear.
Ora, besta como sou, cheguei à casa de banho, arriei as calças do pijama às três pancadas, saquei do cogumelo e…felizmente ainda olhei para baixo, porque a tampa da sanita ainda continuava fechada. Tanta coisa, para no fim me saírem três pingas. Enfim, é o que se arranja.
Assim que acabei o serviço, virei-me de costas para a sanita para lavar a cara, (sim, porque embora não pareça eu também me lavo) e quando olhei ao espelho, só não chorei porque tive vergonha. Só lá estava eu, mas tímido como sou (às vezes), até o meu reflexo no espelho e intimida. Tinha o lado esquerdo da cara completamente abrasado. Calma, eu explico.
Cerca de três dias antes do dia do lançamento apareceu-me uma borbulha ordinária no lado esquerdo do nariz e como eu sou um gajo sortudo, a dita cuja não só fez questão de se instalar na minha face, como se deu ao luxo de crescer que nem um javali. Bom, confesso que esperei que passa-se. Durante os três dias seguintes embodeguei a cara com tudo e mais alguma coisa. Acho que até malagueta eu esfreguei ali. Mas a senhora estava decidida em ficar e ficou porque ela quis. No entanto meus amigos, deixem que vos diga uma coisa, há coincidências na vida que nem imaginam. Na noite do dia 22 (anterior à do lançamento), entrei em casa e como habitual numa noite pós-copos, a minha mãe estava estamoirada no sofá da sala. Olhei prà a mesa da cozinha e estava um saco, bem enroladinho ao lado da fruteira. Ora educadinho como eu sou, não toquei sem antes perguntar à minha mãe de que se tratava, não fosse a moça ter um fio dental pr’ali escondido e eu a fuçar:
“Mãe, o que isto?”
Ao que a senhora me responde do sofá, com uma voz que parecia ter engolido uma saca de favas:
“Isto o quê?”
“O saco que está encima da mês da cozinha?”
“Ah…Isso é um frasco de gel que a tua avó te comprou para pôr no cabelo.”
“Olha, ainda bem que eu já não tinha.”
Bem, lá tomei banho, vesti-me e fui ao espelho para me pentear. Embodeguei a mão toda daquela porqueira (achei uma bocadinho estranho aquilo ter bolinhas no meio do conteúdo viscoso, uma vez que já usei todas as marcas de gel e nunca tinha visto tal coisa), fechei o frasco e pousei-o na prateleira por baixo do espelho para poder moldar o cabelo. Assim que acabei o penteado, vá lá, calhou olhar para o frasco que dizia: “Clearasil”- Escusado será dizer que mandei mais dez asneiradas das minhas.
Bem, não estava nada perdido. Uma vez que a borbulha do meu nariz insistia em permanecer, aquilo até vinha a calhar. Antes de me deitar, embodeguei a cara toda com aquilo (lembro que eu nunca sofri de acne juvenil, como tal nunca tinha usado aquele produto), e deitei-me. Escusado será dizer que na manhã seguinte, tinha as fuças com pior aspeto que a lixeira municipal. Só depois é que me dei ao trabalho de verificar o modo de uso do produto, que mandava lavar a cara com água morna 5 minutos depois da aplicação.
Pior que aquilo não poderia ficar e achei melhor não lhe tocar mais. Tomei banho e tratei de vestir o pólo novo de manga curta, totalmente inspirado nos dias de sol radiante que antecederam àquele dia. Olhei-o pela derradeira vez ao espelho…era lindo! Branco, com a gola azul e uma tira à “Miss Portugal” no peito em cor-de-rosa. “Ai tão fófi que ele vai hoje.” – Pensei eu.
Bem, estava eu quase recuperado da baixa psicológica que o abrasão da minha cara me causara, quando abro a porta de casa e me deparo com uma grossa trovoada que até fazia o Homem Aranha esconder-se na toca de uma lebre. Mais uma inquietação.
Lá foi o Miguel trocar de roupa para uma camisa de manga comprida, mais russa que as cuecas de gola alta da minha tia.
Pronto, já repararam que cheguei ao lançamento com uma vontade de mandar tudo à merda que foi uma coisa linda. Para ajudar, tentava eu aceder ao meu blog para apresentar no lançamento e a internet estava com 2 GB. Agora dizem vocês: BOA MIKE! - Exacto.
No entanto, o que parecia ser um inferno propositado para me estragar o dia, transformou-se num paraíso sem limites. Eu disse isto no lançamento para toda a gente ouvir e vou publicar aqui. Só eu e os restantes da mesa de honra, tivemos o privilégio de contemplar aquela plateia. Estava simplesmente magnífica. Pessoas amigas e desconhecidas compunham aquele grupo de sorrisos a olhar para mim. Escusado será dizer que me passou logo a inquietação toda. Até dois ou três cromos que não curto nem à base da cacetada e que fizeram questão de me fazer adeus como quem diz - “Estou aqui para te amolar a paciência” - me pareceram mais bonitos que o habitual.
Rapidamente o meu aborrecimento deu lugar a uma mistura de contentamento e excesso de nervos...essa dos nervos ainda hoje estou p’ra perceber como é que aquilo se processou, se eu já tive frente a frente com o mais variado tipo de público e nunca fiquei nervoso. Até a tão temida Ministra da Educação eu entrevistei como se fosse minha colega de turma. Cheguei ali e parecia um bezerro assustado. Não se admite. Prosseguindo…
A apresentação da obra começou com o discurso da jornalista Madalena Palma. São escusadas apresentações, pois a senhora fez furor entre os presentes (que não eram poucos). Ora a pedido de muitas famílias, aqui está o discurso que tanta gente deixou de lágrima no olho:
(Continua na parte II)
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Txuca-Txuca Pátxá!
Pessoal, supostamente era para não postar mais aqui antes do dia de amanhã. No entanto, há coisas que me acontecem na vida que não dá para não partilhar.
Como devem compreender, aguardo ansiosamente pelo lançamento do Mulheres Coragem (espero por vocês amanhã pelas 16 horas na Feira do Livro de Moura), sentimento normal para um rapazinho que vai colocar um marco na história da sua vida. Depois do almoço, resolvi sair de casa. Pensei que talvez um café com a malta me ajudasse a descontrair.
Fui ao “República”, como é habitual, curtir a minha ressaca (de tal maneira aflitiva que nem tenho alentos para me lamber), pois ontem fui comemorar. E perguntam vocês e bem: Foste comemorar o quê Miguel? – Não sei. Mas fui comemorar. E sinceramente, não me perguntem se a comemoração foi boa, pois o único momento da noite que me recordo, foi de dar uma dentadinha no hambúrger da Lúcia Apolo. Dentadinha é favor, claro. Arranquei um pedaço tal da merenda da moça que senti-lhe o sangue a subir a cara. Como educada que é, a minha amiga ainda me perguntou se queria mais. Achei de bom-tom responder que não, embora a minha fome desse para comer três hambúrgers daqueles e descuidasse-se ela, ainda lhe dava uma dentada no dedo gordo. Enfim, há que manter a postura.
Ora como eu ia contando, a determinada altura da minha terapia de descontração - meu convivo social – eis que surge na mesa uma conversa extremamente produtiva no que toca à actividade tabágica.
A minha bolachinha Óreo (Ana Raquel Matos), resolve ensinar-me a fazer cigarros de enrolar. Não consigo compreender porque insisto eu em aprender qualquer oficio ligado ao ramo do tabagismo, se já me prometi a mim mesmo que iria continuar a minha abstenção que durou cerca de nove meses. No entanto, prestava-lhe eu a maior atenção do mundo, quando ela resolve utilizar três vocábulos interessantíssimos para qualquer estudioso de linguas latinas: “Olha, fazes assim: Txuca-Txuca Pátxá!” - Ah tá! Alguém compreendeu? Pois, era o que eu previa. Também, o que é que eu estava à espera de uma lição ministrada por um bolacha? Só doidos é que ainda vão atrás daquela cabeça.
Tendo gostado da construção de cigarros de enrolar, através de uma artimanha que algum inteligente se lembrou de inventar, mas que tem um nome nada apropriado para aquele objecto. “Maquina de fazer cigarros”. No meu ponto de vista, aquela giringonça tem aspeto de tudo, menos de máquina. Mas continuemos…
Saí do bar acompanhado pela amiga Celeste Cortez e, animadíssimos com a nossa nova descoberta, fomos à loja do oriente da rua Serpa Pinto, comprar o tal objecto.
Agora reparem bem numa coisa: Cheguei a casa há sensivelmente 30 minuto, dos quais dediquei 15 ao famoso objecto, tentando deseperadamente concretizar o meu desejo.
Uma tentativa e nada. O cigarro saiu todo desmanchado. Duas tentativas e nada. A máquina nem se deu ao luxo de fechar. Três tentativas e nada. Bem…se eu vos disser que tentei pelo menos vinte vezes sem sucesso, não estou certamente a exagerar. Depois de muito me esforçar para tentar alcançar o meu objectivo, surgem-me inesperadamente, como uma lufada de ar fresco, ou uma consequência de compaixão do além, as três palavrinhas mágicas: Txuca-Txuca Pátxá.
Desesperado já eu estava, não imaginam vocês o quanto, e sem conseguir encontrar a ciência daquilo, resolvi armar-me em esquizofrénico, ou algo que se pareça e arrisquei.
Coloquei o tabaco e respectivo filtro no lugar para esse fim destinado e repeti em alto: Txuca. Coloquei seguidamente a mortalha no seu lugar e repeti novamente aquela espécie de palavra em alto: Txuca. Terminadas as duas operações, fechei a máquina e pronunciei em voz alta: Pátxá.
Tão não é que a merda do cigarro me saiu bem feito?
Sinceramente, quando eu penso que já vi tudo, aparece-me sempre alguma p’ra me deixar intrigado com o raio do sentido da vida.
Bem minha gente, seja por superstição, por graça, ou por qualquer outro motivo, quando não conseguirem alcançar um qualquer objectivo nas vossas vidas, experimente repetir bem alto: Txuca-Txuca Pátxá.
Talvez por magia vos apareça o Bento XVI sentado na sanita da vossa casa.
Espero por vocês amanhã pessoal. Um muito obrigado a todos.
Boas leituras.
Beijos, Abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
Como devem compreender, aguardo ansiosamente pelo lançamento do Mulheres Coragem (espero por vocês amanhã pelas 16 horas na Feira do Livro de Moura), sentimento normal para um rapazinho que vai colocar um marco na história da sua vida. Depois do almoço, resolvi sair de casa. Pensei que talvez um café com a malta me ajudasse a descontrair.
Fui ao “República”, como é habitual, curtir a minha ressaca (de tal maneira aflitiva que nem tenho alentos para me lamber), pois ontem fui comemorar. E perguntam vocês e bem: Foste comemorar o quê Miguel? – Não sei. Mas fui comemorar. E sinceramente, não me perguntem se a comemoração foi boa, pois o único momento da noite que me recordo, foi de dar uma dentadinha no hambúrger da Lúcia Apolo. Dentadinha é favor, claro. Arranquei um pedaço tal da merenda da moça que senti-lhe o sangue a subir a cara. Como educada que é, a minha amiga ainda me perguntou se queria mais. Achei de bom-tom responder que não, embora a minha fome desse para comer três hambúrgers daqueles e descuidasse-se ela, ainda lhe dava uma dentada no dedo gordo. Enfim, há que manter a postura.
Ora como eu ia contando, a determinada altura da minha terapia de descontração - meu convivo social – eis que surge na mesa uma conversa extremamente produtiva no que toca à actividade tabágica.
A minha bolachinha Óreo (Ana Raquel Matos), resolve ensinar-me a fazer cigarros de enrolar. Não consigo compreender porque insisto eu em aprender qualquer oficio ligado ao ramo do tabagismo, se já me prometi a mim mesmo que iria continuar a minha abstenção que durou cerca de nove meses. No entanto, prestava-lhe eu a maior atenção do mundo, quando ela resolve utilizar três vocábulos interessantíssimos para qualquer estudioso de linguas latinas: “Olha, fazes assim: Txuca-Txuca Pátxá!” - Ah tá! Alguém compreendeu? Pois, era o que eu previa. Também, o que é que eu estava à espera de uma lição ministrada por um bolacha? Só doidos é que ainda vão atrás daquela cabeça.
Tendo gostado da construção de cigarros de enrolar, através de uma artimanha que algum inteligente se lembrou de inventar, mas que tem um nome nada apropriado para aquele objecto. “Maquina de fazer cigarros”. No meu ponto de vista, aquela giringonça tem aspeto de tudo, menos de máquina. Mas continuemos…
Saí do bar acompanhado pela amiga Celeste Cortez e, animadíssimos com a nossa nova descoberta, fomos à loja do oriente da rua Serpa Pinto, comprar o tal objecto.
Agora reparem bem numa coisa: Cheguei a casa há sensivelmente 30 minuto, dos quais dediquei 15 ao famoso objecto, tentando deseperadamente concretizar o meu desejo.
Uma tentativa e nada. O cigarro saiu todo desmanchado. Duas tentativas e nada. A máquina nem se deu ao luxo de fechar. Três tentativas e nada. Bem…se eu vos disser que tentei pelo menos vinte vezes sem sucesso, não estou certamente a exagerar. Depois de muito me esforçar para tentar alcançar o meu objectivo, surgem-me inesperadamente, como uma lufada de ar fresco, ou uma consequência de compaixão do além, as três palavrinhas mágicas: Txuca-Txuca Pátxá.
Desesperado já eu estava, não imaginam vocês o quanto, e sem conseguir encontrar a ciência daquilo, resolvi armar-me em esquizofrénico, ou algo que se pareça e arrisquei.
Coloquei o tabaco e respectivo filtro no lugar para esse fim destinado e repeti em alto: Txuca. Coloquei seguidamente a mortalha no seu lugar e repeti novamente aquela espécie de palavra em alto: Txuca. Terminadas as duas operações, fechei a máquina e pronunciei em voz alta: Pátxá.
Tão não é que a merda do cigarro me saiu bem feito?
Sinceramente, quando eu penso que já vi tudo, aparece-me sempre alguma p’ra me deixar intrigado com o raio do sentido da vida.
Bem minha gente, seja por superstição, por graça, ou por qualquer outro motivo, quando não conseguirem alcançar um qualquer objectivo nas vossas vidas, experimente repetir bem alto: Txuca-Txuca Pátxá.
Talvez por magia vos apareça o Bento XVI sentado na sanita da vossa casa.
Espero por vocês amanhã pessoal. Um muito obrigado a todos.
Boas leituras.
Beijos, Abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
quarta-feira, 20 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
Um miminho para voçês.
Antes de mais quero agradecer a todos os que desde terça-feira passada me fizeram uma visita aqui no blog.
Não tencionava postar mais aqui antes do lançamento do “Mulheres Coragem”, pois como devem calcular, não convém misturar informações, para além do que, quanto mais se aproxima a hora do lançamento, mais coisas há para fazer. No entanto, atendendo ao número de visitas que o contador me mostra, acho que merecem um miminho antes de nova postagem. Como tal, deixo-vos aqui um poema que escrevi há uns tempos, e que provavelmente será publicado em breve. (Atenção que todos os poemas aqui postados tem registo efectuado no IGAC). Caso tencionem transcrevê-los para outro lado, por favor citem a fonte (Miguel Brito de Oliveira).
Tendo em conta o tema do meu primeiro romance e o título do mesmo, não me atreverei a fugir do objectivo e postarei um poema cujo título é : “És Mulher”. Dedicado ao público feminino, acima de tudo.
É caso para dizer: “Os homens não se sintam mal porque nós estamos aqui por causa delas…sobe dj” Já agora um grande abraço ao Helder, o rei do Kuduro…ou será rei do kumole? Bem…cada um com as suas.
Deixo-vos saborear as linhas que se seguem.
Informo desde já, que é provável que não volte a postar mais antes do dia 23 de Abril por motivos óbvios. Prometo que depois vos compenso, boa?
Boas leituras.
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços
Não tencionava postar mais aqui antes do lançamento do “Mulheres Coragem”, pois como devem calcular, não convém misturar informações, para além do que, quanto mais se aproxima a hora do lançamento, mais coisas há para fazer. No entanto, atendendo ao número de visitas que o contador me mostra, acho que merecem um miminho antes de nova postagem. Como tal, deixo-vos aqui um poema que escrevi há uns tempos, e que provavelmente será publicado em breve. (Atenção que todos os poemas aqui postados tem registo efectuado no IGAC). Caso tencionem transcrevê-los para outro lado, por favor citem a fonte (Miguel Brito de Oliveira).
Tendo em conta o tema do meu primeiro romance e o título do mesmo, não me atreverei a fugir do objectivo e postarei um poema cujo título é : “És Mulher”. Dedicado ao público feminino, acima de tudo.
É caso para dizer: “Os homens não se sintam mal porque nós estamos aqui por causa delas…sobe dj” Já agora um grande abraço ao Helder, o rei do Kuduro…ou será rei do kumole? Bem…cada um com as suas.
Deixo-vos saborear as linhas que se seguem.
Informo desde já, que é provável que não volte a postar mais antes do dia 23 de Abril por motivos óbvios. Prometo que depois vos compenso, boa?
Boas leituras.
Beijos e Abraços e Muitos Palhaços
És Mulher.
Será que sentir é mais do que falar?
As vontades vagueiam no meu corpo.
As palavras ficam pelo ar.
Fico imune a situação de momento
Não te quero a ti, quero apenas o tormento.
Não quero nada, quero-te a ti aqui deitada.
Não sei o que conto, sei que falo sem dizer
Como hei-de pensar no que tenho a fazer.
Tomo esse corpo, necessário alimento
Sinto tua falta, és mais que nutriente.
A esta paixão tua imagem que acrescento
Sigo por nada, mas sigo já contente.
Passo lento de gana
Por teu corpo sem pensar
Em teus lábios me lamento
O não conseguir mais do que quero evitar
Sem te querer dou por mim a pensar
Qualquer de nós foi mais do que ter sido
Sem crepúsculo de noite adormecido
Cada linha sem significado nunca diz
Como me exprimo sem ser rei ou meretriz
Nunca é suficiente para um dia te alcançar
Não continuo por te não querer forçar
Será que chego um momento onde quero?
Sem paciência nem angústia, eu espero.
Ardente de desejo por te possuir só e toda minha
Todas essas formas, fazer de ti rainha…
Por: Miguel Brito de Oliveira
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Lançamento dia 23 de Abril.
Aqui vos deixo o cartaz do lançamento, onde poderão espreitar um pouco do enredo e da biografia.
A apresentação vai estar a cargo da Jornalista Madalena Palma e do 1º Sargento José Carlos Baião, que vos apresento de seguida.
Madalena palma
34 anos, 2 filhos.
Jornalista de profissão.
Numa rádio local (Rádio Pax) foi onde descobriu o amor pela profissão e aí dedicou mais de uma década da sua vida.
Escreveu também para jornais nacionais (Correio da Manhã e Jornal O Sol)
A título pessoal participou em sites de crónicas.
Tem um blog (Aliciante) há 8 anos onde dá asas a maior das suas paixões: a escrita poética.
Jornalista de profissão.
Numa rádio local (Rádio Pax) foi onde descobriu o amor pela profissão e aí dedicou mais de uma década da sua vida.
Escreveu também para jornais nacionais (Correio da Manhã e Jornal O Sol)
A título pessoal participou em sites de crónicas.
Tem um blog (Aliciante) há 8 anos onde dá asas a maior das suas paixões: a escrita poética.
José Carlos Baião
É natural de Alcácer do sal tem 37 anos é casado e tem dois filhos.
Ingressou no Exército Português em 1994 e após frequentar o Curso de Formação de Sargentos durante três anos ingressou no Quadro Permanente do Exército.
Das diversas competências que possui, evidencia-se o Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, o curso de Informações Humanas e o Firefinder Operator Course frequentado em Fort Sill/Estados Unidos da América.
A sua atividade profissional tem sido dedicada à formação e à componente operacional, sendo atualmente formador da Escola Prática de Artilharia.
Foi autor de um artigo publicado na Revista de Artilharia de 2000 e esteve ao serviço da NATO e da União Europeia na República da Macedónia entre o ano de 2002 e 2003.
Beijos, abraços e muitos palhaços.Por: Miguel Brito de Oliveira
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Como tudo começou.
A vontade de criar já na altura emergia no meu pensamento. Criar histórias sempre foi das coisas que mais frequentemente me ocupavam o pensamento durante os tempos livres e tinha até vários rabiscos escritos na altura. Porém, a técnica e o domínio da escrita criativa são coisas que se adquirem com formação, experiência e treino.
Hoje releio-os e noto claramente que o enriquecimento da escrita ainda não ia longe. No entanto, o gosto pela literatura e a vontade de fazer mais, por si só foram suficientes para dar o pontapé de saída nesta história que agora tenho o orgulho de vos apresentar.
Foi em Dezembro do ano de 2005, tinha 17 anos, que conheci Claire. (Este é o nome fictício que lhe dei na altura e que mantive talvez por nostalgia).
Os meu tios, Carlos Pedro e Isaura Brito, haviam-me recebido de bom grado para passar aquele natal. Coitados, mal pensavam no terror de adolescente que os esperava.
Depois de alguns dias sob a alçada daquelas duas personagens magníficas, não aguentei mais. Sair debaixo do olhar de qualquer pessoa e manter-me submisso a qualquer tipo de regras, nunca foi o meu forte. Sempre fui um puto rebelde. Acho que ainda hoje o sou. Talvez a palavra mais indicada para me descrever seja excecivamente independente…mas deixemos para outra altura.
Avisei a velha Isaura que ia ver alguns amigos que nas férias do verão costumava amealhar em Portugal. Ela sabia que era verídico e perante o meu ar determinado, quase arrogante, não teve como me impedir.
Sai de casa e apanhei o Bus em direcção a “Palletes”. Perdoem-me o nome, mas nem as paragens do metro de Lisboa eu consigo fixar.
Não sei como fiz nem como andei que vi tudo, mas amigos… ‘tá escasso’. Parei num café e pedi uma cerveja. Este meu gosto por sumo de cevada vem já de alguns anos atrás.
Na mesa do lado a senhora olhava-me, não sei até hoje se aquela cara era de atracção ou se estava a gozar com o puto à força toda. Enfim, por motivos de orgulho masculino vou apostar na primeira opção.
Eis que a senhora me sorri e puxa conversa. Pudera, com o “carradão” de vezes que olhei para aquela mulher meio abananado sem saber como abordar, acho que a coitada se sentiu na obrigação de me desembaraçar.
A princípio fiquei meio receptivo. A senhora não tinha o aspecto mais aceitável pela sociedade e a minha mentalidade (que dó do moço) não era das mais abertas. Afinal eu era irreverente, mas apenas um rapazola.
No entanto a personalidade meiga que lhe reconheci, tranquilizaram em parte a minha inquietação.
O assunto correu com bastante normalidade - logo comigo que de inibido não tinha nada. No entanto, deixem que vos conte, até hoje não consegui perceber nem metade daquela conversa de malucos.
Hoje releio-os e noto claramente que o enriquecimento da escrita ainda não ia longe. No entanto, o gosto pela literatura e a vontade de fazer mais, por si só foram suficientes para dar o pontapé de saída nesta história que agora tenho o orgulho de vos apresentar.
Foi em Dezembro do ano de 2005, tinha 17 anos, que conheci Claire. (Este é o nome fictício que lhe dei na altura e que mantive talvez por nostalgia).
Os meu tios, Carlos Pedro e Isaura Brito, haviam-me recebido de bom grado para passar aquele natal. Coitados, mal pensavam no terror de adolescente que os esperava.
Depois de alguns dias sob a alçada daquelas duas personagens magníficas, não aguentei mais. Sair debaixo do olhar de qualquer pessoa e manter-me submisso a qualquer tipo de regras, nunca foi o meu forte. Sempre fui um puto rebelde. Acho que ainda hoje o sou. Talvez a palavra mais indicada para me descrever seja excecivamente independente…mas deixemos para outra altura.
Avisei a velha Isaura que ia ver alguns amigos que nas férias do verão costumava amealhar em Portugal. Ela sabia que era verídico e perante o meu ar determinado, quase arrogante, não teve como me impedir.
Sai de casa e apanhei o Bus em direcção a “Palletes”. Perdoem-me o nome, mas nem as paragens do metro de Lisboa eu consigo fixar.
Não sei como fiz nem como andei que vi tudo, mas amigos… ‘tá escasso’. Parei num café e pedi uma cerveja. Este meu gosto por sumo de cevada vem já de alguns anos atrás.
Na mesa do lado a senhora olhava-me, não sei até hoje se aquela cara era de atracção ou se estava a gozar com o puto à força toda. Enfim, por motivos de orgulho masculino vou apostar na primeira opção.
Eis que a senhora me sorri e puxa conversa. Pudera, com o “carradão” de vezes que olhei para aquela mulher meio abananado sem saber como abordar, acho que a coitada se sentiu na obrigação de me desembaraçar.
A princípio fiquei meio receptivo. A senhora não tinha o aspecto mais aceitável pela sociedade e a minha mentalidade (que dó do moço) não era das mais abertas. Afinal eu era irreverente, mas apenas um rapazola.
No entanto a personalidade meiga que lhe reconheci, tranquilizaram em parte a minha inquietação.
O assunto correu com bastante normalidade - logo comigo que de inibido não tinha nada. No entanto, deixem que vos conte, até hoje não consegui perceber nem metade daquela conversa de malucos.
Claire falava Francês e desenrascava as palavras que eu não compreendia em Espanhol. Eu tentei falar Francês, passei a falar Russo e acabei a falar Mandarim.
No meio daquela guerreia de cães, a principal mensagem foi transmitida com sucesso. Claire era prostituta. Ainda não tinham reparado? É pena. Eu tirei-lhe as medidas assim que olhei para ela.
Tenho quase a certeza que neste momento estão um pouco receptivos. Devem estar a pensar: “O puto é completamente abrasado”. Têm toda a razão. Não sei o que a minha mãe fez, que quando me pariu não me ofereceu nem pinga de sobriedade. Mas continuem a ler…
A mulher era simplesmente magnífica. Reparem só que, para um puto de dezassete anos que nem penugem tinha ainda dizer isto, é porque era mesmo bem feita. Aliás, descrevo-a pormenorizadamente no livro e não me dei ao luxo de alterar nada.
Ainda assim, o que me despertou a atenção na mulher não foi (apenas) a sua beleza física, mas principalmente a sua beleza interior. Até que para uma embalagem daquelas, o interior foi surpreendente.
Pronto, esta é a parte que vos expliquei no post anterior. Por vontade minha levaria aqui a esmiuçar o significado de cada palavra e o significado que está por trás de cada palavra, mais o significado que o aparente significado às vezes não deixa perceber...mas como sei que já estão todos a ganir de raiva, não me vou esticar mais com introduções.
Passemos à acção: Claire tinha saído da casa do pais ainda gaiata. Segundo ela, o pai meteu-a na rua. Esta parte não tive coragem de escrever, mas criei parte da vida de Rita inspirado nesta história. A parte dos pais, achei melhor substituir o desprezo como causa do destino desta personagem, pela morte dos pais, o que a forçou a seguir o mesmo caminho.
Segundo o relato da senhora, depois de sair de casa, foi trabalhar a dias e foi na casa da patroa que surgiu a oportunidade de se lançar como striper. Só mais tarde passaria a prostituir-se. O encanto que lhe encontrei, foi sobretudo quando me contou que com o que conseguia ganhar, pagou os estudos no ensino superior e conseguira formar-se. O canudo que tirou, servia-lhe, naquela altura, apenas para valorização pessoal, pois o trabalho que fazia permitia-lhe levar uma vida mais desafogada que qualquer outro.
Isto aconteceu há cerca de cinco anos e pouco, na Suíça Imaginem se a senhora vivesse no Portugal do Eng. Sócrates com o PEC (Programa Económico de Crescimento) chumbado, o governo demitido, a dependência do FMI/FEEF, sei lá com que treta de siglas aquilo se descreve agora e ainda uma taxa de desemprego a rondar os 11%. ‘Tadinha, borrava-se toda.” No entanto, compreendo-a. Olhe eu por exemplo: Hoje estou desempregado e gasto 100 euros/mês, até há uns meses atrás ganhava cercade 700 euros por mês e era precisamente essa quantia que eu gastava. Moral da história: Quanto mais temos, mas gastamos.
Bem, de facto a história impressionou-me. Senti naquele momento aquela necessidade enorme de passar tudo para o papel. O formigueiro começou a tomar-me a ponta dos dedos.
No meio daquela guerreia de cães, a principal mensagem foi transmitida com sucesso. Claire era prostituta. Ainda não tinham reparado? É pena. Eu tirei-lhe as medidas assim que olhei para ela.
Tenho quase a certeza que neste momento estão um pouco receptivos. Devem estar a pensar: “O puto é completamente abrasado”. Têm toda a razão. Não sei o que a minha mãe fez, que quando me pariu não me ofereceu nem pinga de sobriedade. Mas continuem a ler…
A mulher era simplesmente magnífica. Reparem só que, para um puto de dezassete anos que nem penugem tinha ainda dizer isto, é porque era mesmo bem feita. Aliás, descrevo-a pormenorizadamente no livro e não me dei ao luxo de alterar nada.
Ainda assim, o que me despertou a atenção na mulher não foi (apenas) a sua beleza física, mas principalmente a sua beleza interior. Até que para uma embalagem daquelas, o interior foi surpreendente.
Pronto, esta é a parte que vos expliquei no post anterior. Por vontade minha levaria aqui a esmiuçar o significado de cada palavra e o significado que está por trás de cada palavra, mais o significado que o aparente significado às vezes não deixa perceber...mas como sei que já estão todos a ganir de raiva, não me vou esticar mais com introduções.
Passemos à acção: Claire tinha saído da casa do pais ainda gaiata. Segundo ela, o pai meteu-a na rua. Esta parte não tive coragem de escrever, mas criei parte da vida de Rita inspirado nesta história. A parte dos pais, achei melhor substituir o desprezo como causa do destino desta personagem, pela morte dos pais, o que a forçou a seguir o mesmo caminho.
Segundo o relato da senhora, depois de sair de casa, foi trabalhar a dias e foi na casa da patroa que surgiu a oportunidade de se lançar como striper. Só mais tarde passaria a prostituir-se. O encanto que lhe encontrei, foi sobretudo quando me contou que com o que conseguia ganhar, pagou os estudos no ensino superior e conseguira formar-se. O canudo que tirou, servia-lhe, naquela altura, apenas para valorização pessoal, pois o trabalho que fazia permitia-lhe levar uma vida mais desafogada que qualquer outro.
Isto aconteceu há cerca de cinco anos e pouco, na Suíça Imaginem se a senhora vivesse no Portugal do Eng. Sócrates com o PEC (Programa Económico de Crescimento) chumbado, o governo demitido, a dependência do FMI/FEEF, sei lá com que treta de siglas aquilo se descreve agora e ainda uma taxa de desemprego a rondar os 11%. ‘Tadinha, borrava-se toda.” No entanto, compreendo-a. Olhe eu por exemplo: Hoje estou desempregado e gasto 100 euros/mês, até há uns meses atrás ganhava cercade 700 euros por mês e era precisamente essa quantia que eu gastava. Moral da história: Quanto mais temos, mas gastamos.
Bem, de facto a história impressionou-me. Senti naquele momento aquela necessidade enorme de passar tudo para o papel. O formigueiro começou a tomar-me a ponta dos dedos.
Pedi-lhe autorização para me inspirar naquela história caso me dessem oportunidade de publicar um dia. A senhora consentio de imediato, desde que não citasse o seu nome verdadeiro.
Quando cheguei a casa comecei logo a escrever…
Mentira!
Quando cheguei a casa comecei logo a escrever…
Mentira!
Primeiro descalcei os ténis, uma vez que a dona Isaura tem uma obsessão por limpezas e não permite que ninguém entre na sua casa com o calçado da rua. Não vá um verme mexer-lhe no rabo. De seguida fui lavar as mãos, trinquei um “manhanzito” com um copo de leite e só então comecei a escrever.
Foi naquele instante que fiz nascer o que hoje vocês conhecem por “Mulheres Coragem”. Inicialmente tinha como titulo (provisório) “Um Lugar Ao Sol”. Melhor dizendo, foi naquele instante que nasceu o capítulo IV desta história.
Durante a vossa leitura, certamente irão reparar que o enredo começa In Media Res e provavelmente não irão compreender a origem dos factos apresentados. Descansem, que eu sou meio queimado, mas ainda raciocino.
Pois bem. Esta transformação surge da necessidade de criação do autor (ou seja, eu, lindo esbelto e maravilhoso).
A determinada altura a história, que já seguia um rumo avançado, como poderão constatar no capítulo IV pela longevidade do mesmo e pela descrição, por vezes, um pouco maçuda. Não se aflijam. É um capítulo extremamente necessário, visto que é nele que entram dois personagens principais para o desfecho do enredo: Alexandre Vargas e Pedro, o rapaz negro.
Quando me refiro à necessidade de criação do autor, estou a tentar dizer que a determinado ponto da trama, senti necessidade de misturar aquela história inspirada em factos verídicos com a magia da ficção.
É nesse momento que, por uma necessidade de dar um ‘abanão’ na história, eu fiz nascer um prostíbulo ao qual chamei de sociedade “O Sonho da Dança”. Se estão recordados, Claire (a senhora com quem me cruzei na Suíça) era prostituta. Estava claro que lhe teria que arranjar um local de trabalho.
Ora tomando conhecimento do poder que, em tempos, as prostitutas exerceram sobre aqueles engravatados, (que dó do Sócrates se lhe passasse uma Claire pelas ventas…) e tendo em conta que, na minha opinião, a guerra do ultramar tem coisas muito mal explicadas, resolvi apostar na guerra encadeada com a mão das ditas senhoras pelo meio. E deixem que vos diga…diverti-me imenso com este pequeno/grande mundo que criei.
Bem…se estão à espera que a grafonola continue a tocar para saírem daqui com a história toda sabida, borraram a casaca toda. Não abro mais a boca.
Foi naquele instante que fiz nascer o que hoje vocês conhecem por “Mulheres Coragem”. Inicialmente tinha como titulo (provisório) “Um Lugar Ao Sol”. Melhor dizendo, foi naquele instante que nasceu o capítulo IV desta história.
Durante a vossa leitura, certamente irão reparar que o enredo começa In Media Res e provavelmente não irão compreender a origem dos factos apresentados. Descansem, que eu sou meio queimado, mas ainda raciocino.
Pois bem. Esta transformação surge da necessidade de criação do autor (ou seja, eu, lindo esbelto e maravilhoso).
A determinada altura a história, que já seguia um rumo avançado, como poderão constatar no capítulo IV pela longevidade do mesmo e pela descrição, por vezes, um pouco maçuda. Não se aflijam. É um capítulo extremamente necessário, visto que é nele que entram dois personagens principais para o desfecho do enredo: Alexandre Vargas e Pedro, o rapaz negro.
Quando me refiro à necessidade de criação do autor, estou a tentar dizer que a determinado ponto da trama, senti necessidade de misturar aquela história inspirada em factos verídicos com a magia da ficção.
É nesse momento que, por uma necessidade de dar um ‘abanão’ na história, eu fiz nascer um prostíbulo ao qual chamei de sociedade “O Sonho da Dança”. Se estão recordados, Claire (a senhora com quem me cruzei na Suíça) era prostituta. Estava claro que lhe teria que arranjar um local de trabalho.
Ora tomando conhecimento do poder que, em tempos, as prostitutas exerceram sobre aqueles engravatados, (que dó do Sócrates se lhe passasse uma Claire pelas ventas…) e tendo em conta que, na minha opinião, a guerra do ultramar tem coisas muito mal explicadas, resolvi apostar na guerra encadeada com a mão das ditas senhoras pelo meio. E deixem que vos diga…diverti-me imenso com este pequeno/grande mundo que criei.
Bem…se estão à espera que a grafonola continue a tocar para saírem daqui com a história toda sabida, borraram a casaca toda. Não abro mais a boca.
Só me resta desejar boas leituras, e que mergulhem neste livro tanto quanto eu.
Beijos e abraços e muitos palhaços.
Por: Miguel Brito de Oliveira
Bem-vindos ao mais recente espaço da blogosfera: Um Livro, Vários Mundos.
Neste espaço tentarei partilhar com vocês os sorrisos, as lágrimas, os encantos e desalentos que vivo em cada pagina virada, de cada livro por onde viajo.
Porque um livro não é apenas um livro, mas sim uma mistura de outros mundos, de muitos mundos, onde sinto que posso ser, fazer e ter o que me apetece sempre que me apetece.
É em todo aquele mar de emoções que me levam a querer tocar em cada personagem. Desfilar ao lado de cada um pelos capítulos daquelas histórias. Histórias que compõem vidas onde a fantasia, muitas vezes nos mostra um caminho para a realidade, por mais longínqua que, aparentemente esta esteja daquele lugar.
Para além de todas as obras que já li, é com um enorme orgulho que inauguro este blog com uma da minha autoria.
Mulheres Coragem é o meu primeiro romance e garanto que foi preciso coragem para contornar todas as curvas e percorrer cada caminho desta história.
Bem, por vontade minha levaria aqui a esmiuçar o significado de cada palavra e o significado que está por trás de cada palavra, mais o significado que o aparente significado às vezes não deixa perceber...mas não me vou prolongar.
Espero que embarquem comigo nesta aventura e que consigam saborear cada palavra deste livro, bem como cada postagem deste blog.
A todos um muito obrigado e um bem hajam.
Quanto a mim…sou um rebelde sonhador. E sinto prazer em sê-lo. É como quem diz: “Curto Sonhar”.
E é o prazer de conseguir sonhar, e a satisfação de conseguir criar cada sonho que me faz estar aqui.
“Porque o sonho comanda a vida.”
Por: Miguel Brito de Oliveira
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